Marcha de mulheres negras em Copacabana pede fim do racismo e exalta Marielle
Cerca de 500 pessoas participaram neste domingo, na orla de Copacabana, da quinta marcha das mulheres negras no Rio de Janeiro para protestar contra o racismo e homenagear a vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018.
Com o tema “Mulheres negras resistem: movimento por direitos, contra o racismo, o sexismo e outras formas de violência”, as manifestantes reivindicaram seus direitos e denunciaram o racismo, o machismo e outras formas de violência.
“Parem de nos matar!”, exclamou Claudia Vitalino, de 50 anos, que clamava contra os altos índices de violência sofridos pelas mulheres negras em comparação com as brancas.
Os índices de feminicidio estão crescendo no Brasil o dobro entre as mulheres negras e indígenas do que entre as brancas, segundo recentes estudos acadêmicos.
A assistente social Manueli Batista, de 26 anos, disse que participou pela terceira vez da marcha e destacou a importância do ato.
“É um ato político extremamente importante, não só é das mulheres negras, mas também de todas aquelas que compartilham as nossas causas, que denunciam o racismo e o machismo, respeitando o protagonismo das mulheres negras”, afirmou.
O protesto também homenageou a vereadora e ativista dos direitos humanos Marielle Franco, assassinada na noite de 14 de março de 2018 junto com o motorista Anderson Gomes, quando passavam de carro perto do centro do Rio de Janeiro após ela participar de um ato político.
As manifestantes presentes ao ato de hoje exigiram mais respostas sobre o assassinato e ressaltaram que vão lutar para que o caso não caia no esquecimento.
“Entendemos que foi um assassinato político, mas também que há outras ‘Marielles’ e que não se pode fugir da luta”, afirmou Manueli.
Agência EFE