Mais da metade das famílias potiguares se recusa a doar órgãos de parentes

No Rio Grande do Norte, apesar alto número de notificações de possibilidade de doação de órgãos (44,2 notificações por milhão de habitantes – pmp – em 2016), ainda há um número muito baixo de doações efetivas (11,3 pmp em 2016). Tal fato deve-se ao alto percentual de recusa familiar, que atingiu 52% do total das entrevistas realizadas, médica muito acima do índice nacional, de 43%.

As informações são da Central de Transplantes do Rio Grande do Norte e mostram que a principal causa apontada de recusa das famílias a doação é o desconhecimento em vida do desejo de doar seus órgãos por parte do falecido, bem como outros fatores culturais, religiosos.

Apesar disso, em 2016, o Estado conseguiu manter um patamar de doações (11,3 pmp) acima da média da região Nordeste, que teve taxa de 9,9 pmp.

“Temos trabalhado pra conscientizar a população e estimular que o assunto ‘doação de órgãos’ esteja cada vez mais inserido nos diálogos informais nas diversas famílias e grupos de amigos. Essas questões comprometem a vida e/ou a qualidade de vida de milhares de brasileiros que aguardam por um transplante”, explica a coordenadora.

O Brasil está em segundo lugar no ranking de doadores e transplante de órgãos, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).