LUIZ INÁCIO MARANHÃO FILHO – Wilson Bezerra

A história é uma sucessão de acontecimentos marcantes construídos pelo homem, que deixou suas marcas.

Pode durar a vida de um burro, como se diz na gíria popular, mas não se apaga da memória das gerações, pelo fato de ficar escrito ou identificar-se de outras maneiras, no caso com marcas indeléveis.

Revendo a história encontramos nela, desta feita, uma página já amarelada pelo tempo, do jornal Diário de Natal, edição de 30 de julho de 1995, na qual consta o nome de uma figura de renome não só potiguar, mas de todo território nacional.

Na qualidade de professor e político, Luiz Inácio Maranhão Filho legou à nossa história tanto na educação quanto especialmente na política. Por ser um idealista, pensador, ele nos transmitiu uma passagem que, embora contrária aos ditames da política no momento histórico, contribuiu muito para equilibrar a sociedade, levando-a a organização social mais digna e respeitosa. A defesa de um ideal igualitário levou-o à prisão, assim como outros idealistas naqueles velhos tempos.

Na história impressa em Páginas e Memória do Povo Potiguar, o professor Luiz Maranhão, de tradicional família de idealistas, fez lembrar do homem que morreu à custa de um ideal político com o desejo de ver predominar a justiça e igualdade em todas as camadas da sociedade.

Acusado de participação nos desmandos de 1964/79, esteve preso na fronteira com o Paraguai ao retorna a São Paulo em 1974. Mesmo enfrentando muitas dificuldades, chegou a escrever muitos artigos em revistas europeias, que na verdade nunca foram traduzidas para o português.

Homem de ideal esquerdista, esteve cotado para substituir o velho guerreiro Luiz Carlos Prestes, mas que não atingiu seu ideal porquanto teve uma vida nômade, de perseguição política, culminando com sua morte.

A viúva, Odette Roseli Maranhão, e seu inesquecível amigo de clandestinidade Danilo Bessa, tiveram dificuldades em descobrir onde se encontrava o corpo do grande líder Luiz Inácio Maranhão Filho, a quem o Estado potiguar teve a honra de tê-lo como filho para sua permanente página de sua história.

É, sem dúvida, uma história impressa e de memória que se perpetuará para todos os séculos amém.

 

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