LOJA COMERCIAL 4400: DÉCADAS PASSADAS – Wilson Bezerra de Moura
Recordar é o referencial de quem procura o passado, revê-lo em seus detalhes, vasculhando os fatos. Eis a realidade. Assim é que, inesperadamente, revendo uma crônica publicada na imprensa de Natal, o jornalista Afrânio Pires Lemos fez referência a uma loja comercial chamada de 4400, que ali existiu pelos idos de 1935, uma loja de grande porte, atendendo a cidade que crescia comercialmente com variados produtos, inclusive brinquedos para criança nas noites festivas de Papai Noel.
As atenções do povo de Natal estiveram voltadas por alguns anos ao comércio da Loja 4400, a grife de venda que dominava bastante e manteve a movimentação na Rua Frei Miguelinho, pertinho da Kondor, dizia Afrânio, com suas vitrinas grandes e atraentes que chamava a atenção do público. Produtos de utilidades que não ultrapassavam os 4400 reais que lhes davam o nome de uma loja de presença, num prédio americanizado em pleno centro comercial da cidade.
Evidente que tudo tem seu tempo e ocasião determinante como parte de uma história construída pela participação da comunidade, movidos por interesse diversificados. A imponente loja comercial 4400 reais, teve sua fase dominante numa época passada no comércio natalense, dominando a preferência da clientela que muito soube aproveitar o momento de sucesso daquela empresa e decerto contribuiu para o crescimento da comuna.
A Loja 4400 Reais marcou realmente uma época histórica em Natal. Seu comércio suntuoso brilhou por uma época entre os anos de 1935 até o ano de 1950, quando nesse mesmo ano no mês de fevereiro sofreu um incêndio, queimando todo estoque de carnaval ali armazenado.
Posteriormente, num desafio aos infortúnios do momento, a Loja 4400 Reais ressurge não mais com a razão social de 4400 Reais, mas como Lobrás, ou Loja Brasileira, em novo prédio, na Av. Rio Branco, permanecendo com o mesmo ramo de antes, dominando por mais algum tempo o comércio com a tradição de antes, como grife da moda, predominando na procura e aceitação pública.
É gratificante recordar um tempo em que este reflete uma efetiva participação de uma sociedade que algo produziu e legou ao futuro definidas ações.