LAÍRE ROSADO: Queda na popularidade de Bolsonaro

O presidente Bolsonaro tem motivos para se preocupar com sua popularidade. Pela primeira vez, desde que assumiu a presidência, a avaliação pessimista do governo supera a concepção positiva.

Dois motivos são apontados como causadores dessa mudança. A maneira como Bolsonaro administrou o problema do Covid-19 e a extinção do auxílio emergencial.

Bolsonaro sempre minimizou o problema da pandemia. Minimizando sua periculosidade, não adotou providências que que poderiam ter evitado a morte de milhares de brasileiros.

O atual ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sem experiência em saúde pública, foi avisado no dia 8 de janeiro, sobre a nova onda de Covid-19 que atingiria Manaus. Foi alertado da possibilidade da perda de controle do processo e possibilidade de faltar oxigênio nos hospitais. Nenhuma providência foi tomada e o caos se instalou poucos dias depois, dezenas de pacientes morreram, por infecção pelo novo coronavírus. Ironicamente, morreram por falta de oxigênio, no estado que é chamado de “o pulmão do mundo”

Com o fim do auxílio emergencial, sem outro programa para substituí-lo, e com a nova onda do Covid-19, milhões de brasileiros vão continuar sem chance de conseguir algum emprego.

Nessa última pesquisa, 45% dos entrevistados acreditam que o governo vai criar outro auxílio emergencial ou ampliar o Bolsa Família. E cobram agilidade do governo no programa de vacinação. Atendendo essas duas reinvindicações, o presidente Bolsonaro talvez consiga diminuir ou estancar o ritmo na queda de sua popularidade.

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