LAÍRE ROSADO: PT Estadual perde favoritismo

FIM DO FAVORITISMO
O processo sucessório no Rio Grande do Norte demorou a deslanchar. De repente, chegou como um turbilhão, com os fatos se atropelando a cada momento. O que se escreve à noite pode estar totalmente modificado nas primeiras horas da manhã.

As especulações estavam limitadas à disputa pelo cargo de senador, tanto na oposição quanto na situação. A sucessão da governadora Fátima Bezerra parecia não interessar aos candidatos. Nada acontecia que ameaçasse o favoritismo da governadora em sua campanha pela reeleição.

Nesse ínterim, o deputado estadual Ezequiel Ferreira era sempre lembrado como um candidato de peso. Mas, mantinha-se em silêncio, sem confirmar um projeto dessa natureza. A ala bolsonarista, por sua vez, fazia movimentos tímidos, sem apresentar nomes com penetração junto ao eleitorado oposicionista.

A temperatura subiu, há dois dias, com declarações do chefe do gabinete-civil da governadora Fátima, Raimundo Alves, sinalizando que o candidato ao Senado do sistema governista seria Carlos Eduardo. Raimundinho, como é mais conhecido, responsável pela articulação política de Fátima, estava dando o recado. O senador Jean Paul não seria candidato à reeleição.
Raimundo Alves também deixou de fora o deputado federal Walter Alves que vinha sendo cotado como possível candidato a vice-governador. Caso fosse eleito deputado estadual Walter teria o apoio de Fátima para ser o presidente da Assembleia ou indicaria algum secretário de Estado.

 

Garibaldi reagiu de imediato, declarando que “O nome de Walter foi lembrado dentro do grupo situacionista para ser vice. Então, criou-se um natural expectativa. Mas isso não se confirmou, sobretudo depois das declarações que Raimundo Alves. Não estamos à procura de cargos, estamos à procura de uma afirmação na política do Rio Grande do Norte. De uma participação robusta, ou seja, na própria chapa.
Terminou a possibilidade de Garibaldi Alves apoiar a reeleição de Fátima Bezerra. Dessa forma, a opção por Carlos Eduardo como candidato ao Senado terminou por fortalecer a oposição. São coisas que acontecem na política.

Na dinâmica atual, outros políticos farão opção por esse novo grupo que começa a ser formado, e o nome do presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira volta a ser mencionado. Com o fortalecimento do grupo oposicionista e a possibilidade de união de outros partidos, está mais fácil para Ezequiel, finalmente, aceitar a convocação.

No final desta sexta-feira, o quadro poderá estar modificado, mas os entendimentos estão em marcha. Mesmo sem o resultado final totalmente definido, a governadora Fátima perderá o conforto da posição em que se encontra, perderá o favoritismo absoluto e terá que dialogar mais com os seus apoiadores e simpatizantes.

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