Prefeitura de Mossoró, movimentos iniciais

O PSDB é tido como o partido dos homens de negócios, posição que o Democratas não conseguiu atingir. Ao saber que alguns empresários mossoroenses pretendiam lançar candidatura à prefeitura municipal, o deputado federal Rogério Marinho, presidente regional do partido, apressou-se em vir à cidade. Reuniu-se com membros do grupo local, acreditando poder filiar sua maioria ao partido. Com isso, reforçaria ainda sua posição política na cidade. O encontro foi em Tibau e, mesmo não reunindo o número desejado, possibilitou o encontro de várias tendências políticas em uma mesma mesa, teoricamente em defesa de uma mesma ideia. A presença do deputado pode ter sido positiva, mas, mostrou a dificuldade na renovação do método de trabalho pretendido.
A mobilização serviu para agitar a sucessão. Os líderes políticos vinham adiando para janeiro o início da discussão sobre a sucessão. Durante o veraneio em Tibau, sempre acontecem os encontros para discussão de formação de alianças. Foi assim que o prefeito Francisco José anunciou que será candidato à reeleição e a ex-governadora Rosalba assumiu a postura de candidata à prefeita de Mossoró. O vice-prefeito Luiz Carlos oficializou sua pré-candidatura a cargo de prefeito e a ex-deputada Sandra Rosado declarou que o PSB, terá candidatura própria na eleições de 2016. A ex-prefeita Fafá também mostrou-se disposta a tentar ser prefeita mais uma vez. Juntando os partidos alternativos , Mossoró poderá ter até oito candidatos a prefeito.
As lideranças estaduais acompanham com o interesse o movimento que está sendo iniciado. O senador José Agripino, depois do choque com a então governadora Rosalba Ciarlini, perdeu força política no município. Para compensar o desgaste procura aparecer como correligionário da ex-prefeita Cláudia Regina, a quem entregou o diretório municipal do DEM. O ministro Henrique Alves e o senador Garibaldi Alves ainda não se definiram pela candidatura própria ou uma parceria com outro grupo local. O governador Robinson Faria, pelo cargo que ocupa, terá influência no resultado do pleito mossoroense. Tem se mostrado leal ao prefeito Francisco José, mas não esconde sua simpatia pelo vereador Jório Nogueira, atual presidente da Câmara Municipal.
Resta saber o que pensa o eleitor sobre os candidatos. Várias pesquisas foram aplicadas, mas o que importa, no momento, é a análise qualitativa, o perfil sonhado pelo eleitor para seu candidato. Isso não quer dizer que a pesquisa quantitativa não tem valor. Tem sim, sobretudo com as mudanças na legislação eleitoral, limitando o pleito a apenas 45 dias. Quem já é conhecido levará vantagem sobre aquele que ainda precisará divulgar o seu nome e torná-lo conhecido, nesse curto espaço de tempo. Outro cuidado é o investimento financeiro na campanha. A cada eleição a justiça eleitoral vem se tornando mais exigente e o caixa dois, embora não possa ser evitado, precisa ser muito bem administrado para não ser descoberto e prejudicar os possíveis eleitos.