Juiz de Campina Grande libera vaquejada; Vaqueiros do RN se mobilizam pelo esporte

A Comarca de Campina Grande, na Paraíba, negou um pedido de suspensão de uma vaquejada na cidade. Na decisão, o juiz Max Nunes de França afirma não ver maus tratos contra os animais na prática do esporte. O magistrado destacou que, atualmente, as vaquejadas contam com regulamento visando o bem-estar do animal.

“Os regulamentos que são seguidos para organização das vaquejadas atualmente apontam elementos que indicam a preocupação com o bem-estar do animal, impedindo a prática de açoites e utilizando equipamentos na cauda do animal para minorar os riscos de lesão. Ademais, a queda final é feita em terreno arenoso com indicação também de riscos reduzidos e [as vaquejadas] contam com equipe de veterinários para intervenção imediata”, afirmou o magistrado.

O posicionamento do juiz foi elogiado pelo presidente da Asociação dos Vaqueiros Amadores do Rio Grande do Norte (Assovarn), Paulo Saldanha. O representante dos praticantes do esporte no RN ressalta que a vaquejada não está proibida no Brasil, uma vez que o acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF), considerando inconstitucional a lei cearense que regulamentava a prática, ainda não foi publicado.

“Nós estamos nos mobilizando, conversando com juristas e deputados para mostrar que o regulamento da vaquejada não permite maus tratos. Adotamos medidas como protetores de cauda, abolimos as esporas e se os animais apresentarem lesão, o vaqueiro é desclassificado. Estamos na luta para que esse esporte, tão ligado à nossa cultura, continue”, conta.