JOGO SUJO ELEITORAL E A POBRE DEMOCRACIA. – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo
JOGO SUJO ELEITORAL E A POBRE DEMOCRACIA. - (Artigo da Semana) – [email protected]
JOGO SUJO ELEITORAL E A POBRE DEMOCRACIA.
Se conversamos com qualquer brasileiro, do mais simples ao mais douto, encontramos apenas um sonho, diminuir a desigualdade social que vem se alastrando dia após dia. Os políticos e as autoridades apenas fazem discursos e mais discursos sem nenhuma providência eficaz. Além da miséria, que quase se torna comum, surgem os meios de comunicação deturpando informações e maquinando a realidade, tendo como promessa os bilhões em verbas aplicadas na publicidade.
Enquanto isso, os desvios das estatais são anunciados e se tornam comuns e quase acertos como necessários num mundo caótico da politicagem. O que induz a população a acreditar que seja necessário que aconteça. Pois, o legislativo e o judiciário se mantêm em silêncio para tanta falcatrua, desvios, corrupção e administração temerária. Pelo simples fato de que a mídia lance nos meios de comunicação, a relação dos fraudadores e seus membros ativos e inativos são expostos.
Por outro lado, temas como educação, saúde, segurança pública e a fome, que deveriam ser debatidos e analisados, e, ao mesmo tempo, buscar soluções e aprimoramento, vêm sendo deixado de lado para discussão de coisas fúteis e discussões intermináveis de verdadeiras tolices. Onde o STF apoia as banalidades e passa a perseguir moinhos de ventos, ao invés de lutar pela modificação do status quo, tornando-se participante do encaminhamento do país ao fundo poço.
No mesmo rumo das furtividades, está uma diversidade de vídeos na internet que promovem a desinformação ou deep fakes, sendo verdadeiras aberrações que podem conduzir as pessoas a danos irreparáveis na vida ou à morte. A realidade é que estamos subestimando a capacidade que estas informações fraudadas têm.
Ser democrático requer mais do que apenas dizer que é. Pois, a democracia busca a verdade e requer que seus membros sejam verdadeiros no trato da coisa pública. Todavia, nesta nação é o contrário, quanto mais mentiroso é melhor para o partido e para o sistema vigente, que logo ver neste candidato um sério pretendente para uma cadeira principal nas instituições mais importantes, visto que este é dotado de características que o sistema quer e busca que são os desvios e a corrupção.
Vergonha alheia é perceber que a democracia real requer contexto verdadeiro, senso crítico, capacidade de articulação em favor do povo, educação de qualidade para que a população seja capaz de conectado distinguir e interpretar as informações, os interesses por trás destas informações e como filtrá-la. Ao invés de apenas proibir as redes sociais, e os contrários aos ditadores e aos malfeitores da república. Isso é democracia, capacidade de ouvir opiniões contrárias, ao invés de perseguir quem fala contra as mordaças do sistema.
Quanto às redes sociais e o uso criminoso delas, cabe em primeiro plano cada cidadão escolher e filtrar o que deseja ouvir, ver e participar, sendo ciente das consequências jurídicas que podem trazer. No entanto, quando a desculpa de proteção é usada para manipular ou perseguir adversários políticos, cabe ao povo estripar da sociedade tais pensamentos retrógrados e parasitários, que tanto circulam esta nação.
A democracia é feita de freios e contra freios, e de balança justa, onde cada instituição desenvolve o seu melhor para manter a qualidade democrática e não de poderes que se alvoram no outro como predador. As disputas políticas são saudáveis, no entanto, quando apadrinhadas por autoridades, se torna desigual e injusta. O que vem contendo a luz do dia sem nenhuma preocupação das autoridades constituídas. E tudo isso apenas torna a democracia irrelevante para a população mais carente, enfraquecida, motivando que instituições primordiais da nação sejam vistas pelo povo, como desnecessárias e irrelevantes. Essas adequações, que as narrativas dissimuladas e encomendadas, com a pura intenção de destruir o processo democrático, vêm conduzindo a nação a uma ditadura silenciosa do poder estatal.
É claro, como as águas transparentes, que a ideia destes malfeitores é criar conflitos sociais para retirar o olhar da nação para as mazelas que vêm crescendo como um tumor no seio da sociedade. E assim, aplica-se a ideia da ambiguidade em conjunto comum com um mantra lardeado de meias verdades ou mentiras com aparência de verdade, todos os dias pelos meios de comunicação para se criar uma verdade, ou uma aparente verdade, ocultando os verdadeiros debates sociais e os caminhos concretos das políticas públicas.
Nesse jogo sujo, políticos e autoridades constituídas buscam sustentar a desinformação como prática necessária para manter o domínio e a coação contra a população. E aí de quem pensar contrário às suas ideias! Pois, é logo classificado como inimigo do estado e é determinada sua prisão escravista. E a tudo isso, querem chamar de democracia ativa, pelo contrário, o que temos é uma ditadura disfarçada de democracia, onde o pobre é o pagador de impostos e silenciado se tiver alguma ideia que vá contraria as ideias dominantes. E assim, a manipulação da informação e o autoritarismo estrutural são os verdadeiros promotores da miséria nacional, buscando apenas deixar o cidadão fora das discussões primordiais e necessárias para o desenvolvimento nacional.
Quando tratamos da democracia, e tendo como parâmetro as grandes, é fácil perceber que, em nosso país, ela é mantida apenas como fachada ou mesmo preservada como estética. Porém, nunca atuante como democracia real que sirva o povo e não seja apenas um meio de enganar e tirar impostos e mais impostos sem dar nenhum retorno à população.
Essa ideia de um país paralelo e inseguro, que é real, vem tomando conta da nacionalidade e da verdade exposta. Por outro lado, grupos dominantes do poder vêm construindo uma distorção da realidade com a aplicação de normas e leis inexistentes apenas com o objetivo de punir os opositores de momento.
De forma silenciosa, vem sendo instalado um Estado de exceção, onde o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório não existem mais. E assim, o fortalecimento do Estado de exceção vai conduzindo a realidade a ficar cada vez mais desconfigurada e distorcida por diversos conflitos sociais e por promoção consciente da miséria escravista.
Portanto, os desafios são grandes, a serem enfrentados no seio da sociedade, e eles são multidimensionais e transdisciplinares, os quais devem ser extintos através do voto e da escolha correta dos representantes eleitos. Mesmo que alguns queiram desconsideram essa verdade incomoda, ela existe, e está representada no dia a dia da nação, na falta de saúde, segurança, educação, que apresentam índices de profundas desigualdades pela ausência de trabalho digno, alimentação necessária, humanismo e principalmente por falta de uma clara política social e estruturantes na nação.
Muita Paz, Luz e Justiça a todos!
Pesquisador e Escritor Ricardo Alfredo
“O ímpio aceita suborno em segredo para perverter as veredas da justiça.” (Provérbios 17:23)