Insuficiência de vacinas contra a gripe compromete imunização em Mossoró

A quatro dias do final da campanha de vacinação contra a gripe, mossoroenses relatam ainda não terem sido imunizados devido à falta da vacina nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Na manhã desta segunda-feira, Nelson Jácome afirma que já procurou três UBSs da cidade a fim de vacinar o filho deficiente, mas, foi informado que apenas idosos e pessoas acamadas estão recebendo a imunização.

“Já faz 15 dias que estou nesta penitência para vacinar meu filho. Ele é deficiente e sofre de problemas respiratórios, temos medo que ele pegue uma gripe. Esta manhã eu já fui à UBS das Barrocas, à UBS Sinharinha Borges e à UBS Chico Borges e, nas três, recusaram de vacinar meu filho”, disse.

Questionada sobre o motivo da recusa de vacinação ao jovem, a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) declara que, por causa da insuficiência de vacinas enviadas à II Unidade Regional de Saúde Pública (II URSAP), estão sendo priorizadas as pessoas idosas, acamadas e os profissionais de saúde, grupo mais frágil e exposto ao vírus.

“Na sexta-feira, 13 de maio, foram recebidas apenas 14 mil doses da vacina. Desde o início da campanha, a Secretaria recebeu 88% das doses necessárias. Estamos aguardando a chegada dos 12% restantes para ampliar a vacinação. Como a campanha acaba na sexta-feira, as vacina devem chegar ainda esta semana”, afirma a assessoria.

A assessoria informa ainda que, até a quinta-feira passada, 12 de maio, 69,17% do público-alvo em Mossoró havia sido imunizada, o que reflete um aumento recorde na procura pela vacina, com cobertura vacinal de quase 70% antes do fim da campanha e sem haver prorrogação do prazo final da vacinação.

No município, 61.449 pessoas compõem o grupo apto a ser vacinado: idosos acima de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o pato), trabalhadores de saúde e funcionários do sistema prisional. Também têm direito à vacina as pessoas com condições clínicas especiais, pacientes com doenças crônicas não transmissíveis, jovens e adolescentes sob medidas socioeducativas na faixa etária de 12 a 21 anos.