Três de cada 10 senadores são investigados em inquéritos abertos por Fachin

Os inquéritos abertos pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra políticos citados em depoimentos de delação premiada de ex-diretores da empreiteira Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato, atingem cerca de 30% do Senado, entre eles, o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Atendendo pedidos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Fachin autorizou a abertura de investigação contra 24 senadores. Com sete nomes na lista, o PMDB é o partido com maior número de parlamentares que serão investigados, seguido do PSDB, com seis, e PT, com quatro. O PP tem dois senadores na lista de investigados e PCdoB, PTC e PSD um cada.

Os senadores peemedebistas na lista são: Eunício Oliveira (CE); o presidente do partido Romero Jucá (RR); Renan Calheiros (AL), ex-presidente da Casa e atual líder do PMDB no Senado; Edison Lobão (MA); Eduardo Braga (AM); Valdir Raupp (RO) e Kátia Abreu (TO).

No PSDB, Fachin autorizou investigações contra o presidente do partido Aécio Neves (MG); Cássio Cunha Lima (PB); Dalírio Beber (SC); José Serra (SP); Ricardo Ferraço (ES) e Antonio Anastasia (MG).

No PT serão investigados Jorge Viana (AC), Lindbergh Farias (RJ), Humberto Costa (PE) e Paulo Rocha (PA).

Foram abertos inquéritos contra os senadores do PSB Fernando Bezerra Coelho (PE) e Lídice da Mata (BA). Os senadores do PP são Ciro Nogueira (PI), presidente do partido, e Ivo Cassol (RO).

O ex-presidente Fernando Collor de Mello (PCT-AL) também será investigado, assim como Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Omar Aziz (PSD-AM).

Com a abertura da investigação, os processos devem seguir para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e para a Polícia Federal (PF) para que sejam cumpridas as primeiras diligências contra os citados. Ao longo da investigação, podem ser solicitadas quebras de sigilo telefônico e fiscal, além da oitiva dos próprios acusados.