Indígenas venezuelanos recebem as primeiras doses da vacina contra o Covid-19

Equipes de saúde incentivam a imunização do grupo

A vacinação de famílias indígenas da Venezuela que vivem em Mossoró teve início na tarde de ontem (19), pelas Secretarias Municipais de Saúde e do Desenvolvimento Social e Juventude. Ao todo, o município possui 18 famílias da etnia Warao. Cerca de 21 indígenas adultos, que moram no Lar da Criança Pobre do bairro Barrocas, estão aptos à vacinação neste primeiro momento. No entanto, por questões culturais, nem todos aceitam o imunizante.

O trabalho de vacinação voltou-se para os indígenas maiores de 18 anos. Ação atende ao cumprimento da norma técnica emitida pela Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP/RN) sob supervisão da Funai. Para garantir a adesão do grupo, as equipes estão empenhadas em motivar os indígenas a se vacinarem.

“O trabalho é de convencimento, pois muitos deles não aceitam a vacina. Vamos aos poucos fazer com que todos eles tomem conhecimento da importância da imunização”, afirma Eliane Anselmo, representante do Comitê Estadual Intersetorial de Atenção aos Refugiados Apátridas e Migrantes, criado pelo Governo do Estado em 2019 e que acompanha a situação dos refugiados venezuelanos.

Após deixar a Venezuela fugindo da crise econômica e política daquele país, o povo Warao encontra-se dividido entre aqueles que vivem em Mossoró e outros que moram em outras cidades do Brasil. Librando José Rattio, 23 anos, é líder dos Warao em Mossoró e foi vacinado: “Estamos muito agradecidos pela vacina porque a gente precisava da vacina para a nossa saúde”.

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