Incubadoras potiguares terão aporte de R$ 1 milhão até 2018
O sistema de incubadoras tecnológicas terá recebido entre 2014 e 2018 um total de R$ 20 milhões, investidos pelo Sebrae para apoio às empresas nascentes, sendo mais de R$ 1 milhão somente no Rio Grande do Norte.
Parte desse recurso é destinada à gestão e a certificação das incubadoras que já estão em funcionamento. Atualmente, o estado possui 14 incubadoras de empresas implantadas e outras seis em processo de implantação, responsáveis por lançar no mercado 200 empresas, entre as já graduadas ou em estágio de pré-incubação e incubação.
A certificação dessas organizações será um dos temas abordados na sétima edição do Encontro Potiguar de Incubadoras, promovido pelo Sebrae no Rio Grande do Norte e Rede Potiguar de Incubadoras (Repin). O evento será realizado nos dias 25 e 26, na sede da instituição, em Natal, e a abertura está prevista para as 9h.
Representantes de instituições ligadas a esse segmento e gestores das incubadoras vão discutir a metodologia do Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne), que é uma espécie de certificação que atesta padrões de qualidade à gestão das incubadoras. Esses empreendimentos são ambientes planejados e protegidos, inseridos em um habitat de inovação propício para o desenvolvimento de micro e pequenas empresas, de novas ideias ou de projetos de startups, e têm como objetivo torná-las competitivas para o atual mercado globalizado.
Das dez incubadoras certificadas por esse modelo Cerne no Brasil, uma é do Rio Grande do Norte, a Incubadora Tecnológica Natal Central (ITNC), que funciona no campus central do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN).
Já a incubadora Iagram, ligada ao campus de Mossoró da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), está auditada nesse modelo, enquanto a ITMO (campus do IFRN de Mossoró), a Ineagro (campus Angicos da Ufersa), Inova (Campus da UFRN em Natal) e CITECS (campus da Universidade Estadual do RN em Mossoró) estão com a certificação em andamento.
O processo de implantação do Cerne vem sendo desenvolvido pelo Sebrae e a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) desde 2008, ano em que foi estruturado esse modelo de gestão. A metodologia Cerne determina boas práticas a serem adotadas em diversos processos-chave, que estão associados a níveis de maturidade (Cerne 1, Cerne 2, Cerne 3 e Cerne 4). Cada nível de maturidade representa um passo da incubadora em direção à melhoria contínua.
De acordo com gerente da Unidade de Inovação e Tecnologia do Sebrae-RN, João Bosco Cabral Freire, dos cerca de R$ 1 milhão destinado ao RN, deverão ser aplicados nessa área de certificação na metodologia R$ 600 mil ao longo deste e do próximo ano e também no apoio às empresas nascentes que estão sendo incubadas. Bosco Cabral vai ministrar palestra no evento sobre os habitats de inovação no estado.
Programação
O encontro vai ainda discutir a eficiência dos parques tecnológicos brasileiros. Atualmente, o estado tem a proposta de criação de dois parques tecnológicos, o Parque Tecnológico Metrópole Digital, que deve atrair empreendimentos principalmente do setor de Tecnologia da Informação e deverá funcionar no entorno do campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e o Potipark, que está sendo planejado pelo governo do estado para desenvolvimento de polos nas áreas de energia eólica, solar, mineração, aquicultura e pesca. Durante o encontro, serão realizadas palestras e visitas técnicas ao Instituto Metrópole Digital e à ITNC.