Impedimentos de Collor e Dilma
Depois de vinte e quatro anos, a Câmara dos Deputados vive o clima de um novo impeachment contra o presidente da República. Em 1992, o impedimento foi para o então presidente Fernando Collor de Melo. Atualmente, os parlamentares votarão para decidir se afastam ou não a presidente Dilma Vana Rousseff. O brasileiro acreditava que o afastamento de Collor normalizaria a vida nacional, sentimento inexistente em relação ao afastamento de Dilma.
Em 1992, a oposição a Collor era mais evidente e 441 deputados votaram sim, autorizando que o Senado abrisse o processo contra o presidente. Esse placar comprovou que o presidente não tinha apoio político. No próximo domingo, o quórum não será tão avassalador, mas a oposição acredita que poderá contabilizar entre 370 a 380 votos. Hoje, o governo pode dizer que tem uma boa base parlamentar. O presidente da Câmara era o deputado Ibsen Pinheiro; hoje é o deputado Eduardo Cunha. Sendo aprovado, o processo será encaminhado ao Senado.
No processo de impeachment, as sessões realizadas no Senado são presididas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal. Em 1992, as sessões eram presididas pelo ministro Sidney Sanches, com o presidente Collor sendo condenado três meses depois de iniciado o julgamento. Desta vez, sendo recebido no Senado, as sessões serão presididas pelo minstro Ricardo Lewandowski, atual presidente do STF.
Collor havia sido acusado por uma CPI de ter usado, em proveito próprio, mais de 6 milhões de dólares, com recursos arrecadados ilegalmente pelo tesoureiro da campanha Paulo César Farias. Dilma está sendo acusada por autorizar manobras orçamentárias sem autorização do Congresso. Afastado Collor, assumiu o vice, Itamar Franco, que acompanhou o desenrolar do processo sem envolvimento pessoa. Dilma sendo afastada, assume Michel Temer, que vem articulando votos contra a atual presidente.