Impasse entre prefeitura e empresa transforma Praça da Criança em caso de polícia

Construído com o propósito de servir como opção para as famílias mossoroenses o Parque da Criança acabou se transformando num caso de polícia que será resolvido pela justiça.
Após vencer licitação e administrar o parque oito anos sem contrato, a empresa M.A de Melo Victor-ME se deparou com um pedido de despejo encaminhado pela procuradoria do município.

A decisão vai de encontro às regras da licitação que estabelece mais dois anos de exploração do espaço que encontra-se fechado, depredado e sem data para reabrir.

“O procurador Edimar Eduardo de Moura Vieira pediu ao juiz Pedro Cordeiro Júnior a saída imediata da empresa tendo como base o pressuposto de que a mesma não tinha nenhum vínculo com a prefeitura” destaca Marcos Antônio de Melo Victor representante legal da empresa.

Segundo Marcos o juiz acatou o pedido e emitiu uma ordem de desocupação para a empresa deixar o parque em 24h.
Diante da decisão a empresa pediu um prazo de 90 dias para atender a ordem judicial, que segundo o representante foi acatado pelo juiz.

“Precisávamos de tempo para retirar toda nossa estrutura, mas a ordem do juiz não foi cumprida. A prefeitura trocou os cadeados e impediu a retirada dos nossos equipamentos” destaca o representante que afirma ter registrado boletim de ocorrência na polícia como forma de se precaver contra eventuais problemas futuros.

Segundo Marcos, mesmo diante do impasse a prefeitura realizou eventos em parceria com a empresa o que gera contradição. “O prefeito esteve presente juntamente com secretários o que mostra o reconhecimento da nossa condição de gestor do empreendimento”, reforça Marcos que lamenta a omissão da prefeitura em assinar o contrato, fato que tem prejudicado a empresa e o funcionamento do parque.

“Desde que vencemos a licitação buscamos a assinatura deste contrato que não foi encaminhada pela prefeitura. Mesmo sem ter assinado o referido contrato, tivemos acesso a uma cópia do JOM onde aparece o contrato como assinado. É preciso que a sociedade saiba o que está acontecendo”, conclui.

Diante do impasse a empresa acionará o Ministério Público e a justiça em busca de uma solução.