Hospital Tarcísio Maia está sem seguranças há quase dois meses

O Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) está sem seguranças há quase dois meses. Na falta de profissionais para regular a entrada na unidade, aumenta o temor de que ocorram atentados contra servidores, pacientes e acompanhantes.

O HRTM é o maior hospital do interior do RN e recebe pacientes de mais de 60 municípios, incluindo pessoas envolvidas em casos de violência, como criminosos feridos.

O hospital está sem segurança desde o dia 24 de agosto deste ano, quando vigilantes que prestavam serviço nas unidades hospitalares e no prédio da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) deflagraram greve em todo o RN devido ao atraso salarial de quatro meses.

De acordo com a assessoria do HRTM, a unidade contava com quatro seguranças armados por turno. Desde o serviço foi suspenso, alguns servidores e até acompanhantes ten ajudado no controle da entrada e saída de pessoas, mas a medida não é o suficiente para garantir a segurança.

Por precaução, a direção do HTRM fechou todas as portas de acesso a unidade até que os vigilantes voltem, apenas a entrada de pacientes permanece aberta.

No dia 23 de agosto, a Sesap anunciou que a Interfort Segurança de Valores Ltda foi a empresa vencedora da licitação emergencial para prestar vigilância armada nas unidades hospitalares do Estado.

A Interfort foi contratada por 180 dias por R$ 9.189.671,76. No dia 06 de setembro, os vigilantes da nova empresa começaram a atuar na segurança do Hospital Walfredo Gurgel, em Natal. Porém, passado mais de um mês desde a contratação da empresa, nenhum vigilante foi disponibilizado para o HRTM.

– FALTA DE SEGURANÇAS AUMENTA LOTAÇÃO NA UNIDADE

Sem visitantes para controlar a entrada de pessoas, limitando em um acompanhante por paciente, o Hospital Regional Tarcísio Maia enfrenta ainda problemas com o excesso de pessoas no interior da unidade.

Entre as consequências do número elevado de pessoas no hospital estão desde a maior demanda por recursos como água e maior trabalho das equipes de limpeza, até o risco maior de propagação de infecções.