Domício Arruda*

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Agora é oficial, mas já era certo como a luz dos dias ensolarados.

Desta vez,  foi sem frigideira. O ministro foi assado nas brasas quentes das futricas palacianas, temperado com especiarias supremas para ser servido no banquete do chef W. Bonner.

Todos sabiam mas ele só desconfiava, que seu cargo estava vago. Nem pedia mais nada ao funcionário mais assíduo de toda repartição que se preze. O moço do cafezinho.

Corria o risco de vir frio.

Ou ser derramado na lapela, pelo displicente garçom, já preocupado em descobrir se o sucessor prefere com adoçante.

Não apenas os 300 do Brasil vão carpir sua saída. Haverá escassez de matéria prima para comentaristas políticos, cartunistas e professores de português.

Sua ausência será sentida pelos acessores que da ante-sala do gabinete, quais robôs em manada, turbinaram elogios exagerados na vã esperança que não pegasse o boné da viagem.

Melhor Ministro da Educação que este país já teve. Herói. Guerreiro.

Outros 500 no Brasil, estarão mais aliviados, esperando ser as bolinhas premiadas nos jogos dos três copos nas quermesses das reitorias.

Esperanças renovadas para quem se prepara com afinco para o ENEM dos disputadíssimos cursos de Sociologia.

Diploma de filósofo continuará a escada mais curta para a sonhada ascensão funcional.

O Nordeste, com seus estoques de antropólogos preservados, será cada vez mais uma terra de índios de barba e bigode.

Imprecionante como em tão pouco tempo, com um nome tão difícil de pronunciar, tenha caído tanto no gosto e na língua do povo ferino.

No futuro, trabalhos acadêmicas haverão de comprovar se em pouco mais de um ano, foi capaz de cumprir a missão confiada pelo capitão-comandante.

A redução do número de elementos com ideias esquerdistas e da doutrinação comunista gramsciana nas universidades, falarão por ele.    Será seu maior legado.

Crases e hífens à parte, houveram pessoas insitando a paralização do ministério.

Tudo isso vai passar.

O Presidente da República será  justo com o citado na fatídica e pornofônica reunião, como exemplo de comportamento para todos os presentes. Recado tão grosso, que a dupla Teich & Moro, entendeu e tirou o time da reta.

Resta esperar  um  gesto de agradecimento ao fiel porta-voz e de boa vontade com nossos irmãos d’além-mar.

Embaixador junto ao Palácio de Belém.

Um bom e fértil motivo para muitas anedotas de brasileiros.

Ou quem sabe, um presente aos irmãos do norte, nossa arma mais letal para exterminar todos aqueles socialistas esquerdopatas selvagens  do Banco Mundial.

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Domíco Arruda é Médico e Jornalista
Território Livre – TN