Governo Temer pretende demitir 4 mil cargos comissionados até o fim do ano

Durante a primeira entrevista coletiva de ministros do governo Temer, o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Romero Jucá, anunciou que o governo do presidente da República interino, Michel Temer, pretende demitir 4 mil cargos comissionados até o fim do ano, mil a mais do que o corte anunciado pela presidente afastada Dilma Rousseff em outubro do ano passado.

“Isso não resolve a questão do gasto público e da meta de déficit fiscal, mas é um posicionamento que o governo deve tomar como exemplo para a sociedade”, disse o ministro.

Para facilitar os cortes, o presidente interino Michel Temer solicitou aos ministros recém-empossados que preencham apenas 75% dos postos de livre provimento a que têm direito em seus ministérios.

O governo interino não deu uma estimativa de quanto será economizado com o corte de cargos, que, segundo Romero Jucá, abrangerá também as empresas públicas, entre elas os bancos estatais. O ministro afirma que o montante que se pretende economizar “será anunciado no momento certo”.

Reajustes salariais

Em relação aos reajustes salariais assinados durante o governo afastado, Romero Jucá afirmou que o governo interino honrará os projetos enviados ao Congresso pelo governo afastado. No entanto, os sete projetos enviados na última quinta-feira, 12, ao Congresso, pouco antes de Dilma Rousseff ser intimada de seu afastamento, serão revisados antes de ter prosseguimento.

“Uma posição sobre esses novos projetos será dada posteriormente, levando em conta a realidade das carreiras, o que foi negociado”, afirmou.

“Temer entende que esse governo hoje é transitório”, afirma ministro

Ainda durante a coletiva, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que o presidente interino Michel Temer entende que seu governo é hoje transitório. Segundo Padilha, o governo também fará um pente-fino nas formas de contratação do Executivo, em coletiva após a primeira reunião ministerial com o presidente Michel Temer.

“Em nenhum recinto da administração pública federal, onde hoje existe a fotografia da presidenta Dilma, deve haver modificação. Será preservada a foto da presidenta em todos os estabelecimentos federais onde hoje se encontra. Isso é para caracterizar que o presidente Michel Temer entende que esse governo hoje é transitório”, acrescentou Padilha.

Fonte: Agência Brasil.