Governo do RN anuncia gasto de R$ 794 mil com medidas de segurança em Alcaçuz

O governo do Estado do Rio Grande do Norte publicou no no Diário Oficial da terça-feira, 31, a planilha de gastos com a instalação de contêineres e o muro na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, erguidos para separar facções criminosas rivais na unidade. Segundo o governo, o gasto total será de pouco mais de R$ 794 mil, destinados ao aluguel, transporte, instalação e desinstalação dos contêineres, locação de escavadeira, retroescavadeira e caçamba para transporte de entulhos e a construção do muro de concreto.

A planilha completa com a descriminação dos gastos em cada coisa pode ser acessada neste link.

O governo do Estado também anunciou na terça-feira a transferência de cinco detentos, identificados como lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC), de Alcaçuz para presídios federais. No entanto, por questões de segurança, não foi informado para onde eles serão levados.

Construção do muro 

O muro de concreto separando os pavilhões 4 e 5 do restante da Penitenciária de Alcaçuz ainda não foi erguido, enquanto isso os contêineres funcionam como solução provisória para separar os detentos. A colocação das duas linhas totalizando 15 contêineres custará pouco mais de R$ 100 mil. Já a construção do muro de separação dos pavilhões custará R$ 267,4 mil.

No dia 14 de janeiro, 26 detentos foram mortos durante um conflito entre facções rivais em Alcaçuz e o governo decidiu separá-los por um muro, já que as celas do presídio não têm grades desde uma rebelião ocorrida em 2015.

Alcaçuz ficou sob domínio dos detentos, que circulavam pelo pátio livremente até o último dia 27 de janeiro. Neste dia, integrantes da força tarefa federal, agentes penitenciários e policiais militares iniciaram uma operação no presídio para retomar o controle dos pavilhões que estavam ocupados por presos.

Apesar das medidas emergenciais de segurança na unidade, o governador do estado, Robinson Faria, afirmou que o Estado pretende desativar Alcaçuz. Para que isso ocorra, as prisões de Ceará-Mirim, Afonso-Bezerra e Mossoró, ainda em construção, precisam ficar prontas. As três unidades, juntas, terão capacidade de receber 2.200 presos.