Estudantes se mobilizam contra aumento da passagem no transporte público

Estudantes e trabalhadores estão articulando movimento para protestar contra o novo aumento da passagem de ônibus para R$ 2,95, anunciado pela Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) após a conclusão da licitação em que a empresa Cidade do Sol foi a vencedora. O reajuste foi aprovado menos de três meses após o último aumento, de R$ 2 para R$ 2,80 em novembro do ano passado.

“Fazer esse reajuste menos de três meses do último aumento é extremamente prejudicial para os estudantes e trabalhadores. Pior que não se sabe se esta nova empresa vai cumprir o prometido ou fará como a Ocimar Transportes. Mesmo após o anúncio de que ‘a espera de décadas havia acabado’, hoje, muitos alunos estão perdendo aulas por causa da ineficiência do sistema de transporte público de Mossoró”, disse o estudante Fabrício Acácio.

Outras reclamações do grupo são a insuficiência de ônibus para atender à demanda da população, as más condições de conservação da frota, as rotas que não atendem a grande parte da cidade e a falta de integração entre as linhas, aspectos que contrariam as melhorias no sistema de transporte público anunciadas pela PMM desde maio do ano passado.

Em novembro de 2015, estudantes e integrantes de movimentos sociais ocuparam a sede da Prefeitura por quatro dias e, para que o Palácio da Resistência fosse desocupado, o prefeito, Francisco José Júnior, assinou acordo com os manifestantes prometendo, entre outros pontos, a implantação da integração das linhas com a rota universitária, o que não ocorreu.

“Não só a integração deixou de ser implantada, mas a circulação de 35 ônibus pela cidade, prometida, nunca ocorreu. Também não houve transparência no processo de licitação para contratação de uma nova empresa para o sistema de transporte e nem em relação à criação do Fórum Municipal de Mobilidade, que nunca mais sequer teve reuniões marcadas”, declara Fabrício Acácio.

Ainda não há definição sobre quais atos e datas de protestos realizados pelos estudantes. Fabrício Acácio conta que o momento é de articulação, com realização de reuniões nas universidades.