Estudantes brasileiros que moram fora do País elaboram projetos de combate à seca no Semiárido

Cerca de cem brasileiros que estudam na China, nos Estados Unidos, na Inglaterra, na Alemanha e em Portugal toparam o desafio proposto pela cervejaria Ambev e apresentaram alternativas para combater a crítica escassez hídrica enfrentada hoje pela população do Semiárido brasileiro.

Em parceria com a Brasa, maior associação de alunos do Brasil no exterior, a companhia acaba de anunciar os três grupos finalistas do chamado Desafio Água. O vencedor será divulgado no dia 1° de abril e receberá U$10 mil e consultoria técnica da Falconi para implementar o projeto.

“Estamos bastante empolgados com esse desafio. Acreditamos no potencial dos jovens brasileiros e em como eles podem mudar o futuro do país”, diz Renato Biava, diretor de relações corporativas, sustentabilidade e comunicação da Ambev.

Todas as soluções propostas foram avaliadas pelos critérios de impacto social, escalabilidade (potencial de reaplicação em diferentes locais e comunidades), viabilidade e inovação. A comissão julgadora reúne membros da Ambev e Brasa.

Os trabalhos finalistas incluem participantes das faculdades americanas Columbia, Duke e University of Massachusetts, da portuguesa Instituto Politécnico de Bragança, da inglesa University of Birmingham e da alemã Universitat Duisburg-Essen.

 

– Conheça os projetos desenvolvidos pelos três finalistas:

Palmas Pra Vida
https://www.youtube.com/watch?v=eZKsANJQ9pc

Formado por estudantes brasileiros em Portugal, o grupo propõe o reaproveitamento de águas cinzas derivadas de uma escola municipal de Major Izidoro. A ideia é destiná-las para a irrigação de plantas que alimentam ao gado leiteiro da cidade que é a maior produtora da bacia leiteira de Alagoas. O projeto visa beneficiar tanto os pequenos agricultores quanto a comunidade escolar, que receberá educação ambiental e parte do leite produzido.
LDAPs & Banheiros Comunitários
https://www.youtube.com/watch?v=M0BulJktLzc

A solução do time que conta com universitários dos EUA pretende eliminar bactérias no esgoto por meio da energia proveniente de dejetos humanos, que seria usada para desativar os patógenos (fungos, vírus e protozoários) da própria excreção. Assim, diminuiria a proliferação de doenças transmitidas pela água derivada de banheiros. Essa tecnologia sustentável seria gerida por microempreendedores de ocupações irregulares.
Reciclágua
https://youtu.be/Ha_c1fxZHS4

Alunos da Alemanha, EUA e Inglaterra formam o grupo que sugere a adaptação de fossas sépticas para o reuso de água de resíduos orgânicos. Com vedação e estruturas de vidro, elas reaproveitariam energia solar. Assim, o ambiente agiria como estufa, permitindo a destilação da água, que poderia ser usada para lavar roupa, louça e tomar banho. Além disso, seriam gerados biogás (fonte de energia) e biofertilizante (para uso agrícola).