DESTROÇOS HUMANOS – Wilson Bezerra

Tudo começou sensato pelos ensinamentos dos velhos antigos e firmado principalmente no sentimento cristão e espiritualista, ensinando a todos que somos irmãos, originados de um princípio único e irreversível.

Tudo era visto e entendido como formação ideal de uma existência que passaria a ser considerada como sublime se todos a entendessem e praticassem o essencial, que seria a virtude, a prática do bem, fruto de uma convivência com os demais para gerar a necessária solidariedade humana, indispensável a uma vida digna.

A humanidade nasceu e cresceu percebendo sua própria transformação, mas, por infelicidade, esse crescimento se deu dentro de novas formas de comportamento que a dirigiu para outros caminhos que não igualdade, fraternidade e solidariedade, qualidades essenciais para convivência fraterna. Todo crescimento moldou a humanidade dentro de princípios inadequados a uma vida de solidariedade, porque a materialização das coisas cresceu tanto que transformou a humanidade, que hoje se digladia, trilhando para a própria destruição.

Começando dos ensinamentos dados por Jesus Cristo em suas caminhadas de peregrinação com seus discípulos, estabelecendo normas de que não roubarás nem matarás, infelizmente tudo se deu ao contrário, porquanto com a nova visão de satisfação humana o quadro se transformou ao ponto de tudo acontecer diferente do que a boa norma ensinara quanto ao puro e legítimo relacionamento entre os seres humanos.

A fábula pregara que todos deveriam viver em paz, tributar graças à boa condição, mas acontece tudo ao contrário, vive na mais terrível guerra humana. A conservação do comportamento ditado no passado teria que se perpetuar para engrandecer a beleza do saber antigo e estimular a geração presente a caminhar pelos trilhos das boas ações, quando, ao contrário, tudo se destrói impiedosamente e não só o lado humano amarga a mais terrível vivência em sociedade, onde ninguém se entende, onde todos se destroem em nome de um desenvolvimento técnico, científico, político e econômico que não os leva a caminho que não seja a sua própria destruição.

Para falar a verdade, o ser humano construiu um brutal acervo, ou melhor dizendo, um aterro, no qual o lixo inserido o cobre de miséria, num processo que não apresenta perspectiva de retorno aos tempos sagrados da prática do bem sem olhar a quem.