Cosern desativa “gatos” de energia em dois restaurantes na praia de Pipa

Equipes da Cosern identificaram e desativaram duas ligações clandestinas (o popular “gato”) nos restaurantes Caxangá e Golfinho, na Praia de Pipa, município de Tibau do Sul.

“Imediatamente, o fornecimento foi interrompido pela deficiência técnica no padrão de entrada e a Cosern abriu um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Pipa para identificar os responsáveis pela fraude”, informa Gilmar Mikeias, Gestor da Unidade Territorial da Cosern para o Litoral Sul.

O “gato” de energia é crime, previsto no artigo 155 do Código Penal, e a pena para o eletrotraficante pode chegar a 04 anos de reclusão. No caso dos dois restaurantes de Pipa, a multa aplicada pela Cosern para o fornecimento ser religado nos dois estabelecimentos foi de R$ 9 mil (Restaurante Golfinho) e R$ 21.400,00 (Restaurante Caxangá).

Além de crime, a fraude representa risco de morte a quem faz e a quem está próximo. A infração também provoca perturbações no fornecimento de energia e parte do prejuízo é dividida por todos os consumidores na hora do reajuste tarifário homologado pela Aneel anualmente.

A fiscalização que resultou no desligamento do fornecimento nos dois restaurantes em Pipa foi feita dentro da “Operação Varredura” da Cosern. Desde o início do ano, a concessionária já inspecionou 43.453 unidades consumidoras (entre estabelecimentos e residências) em todas as regiões do estado, identificou 5.216 fraudes e conseguiu recuperar cerca de 12,5 GWh de energia – quantidade suficiente para abastecer os municípios de Ceará Mirim, Currais Novos e João Câmara juntos durante 30 dias.

Lançada em janeiro, a “Operação Varredura” é permanente e continua sendo feita naquelas cidades nas quais as equipes da Cosern já fizeram as fiscalizações. A Cosern reforça o apelo para que a população denuncie as irregularidades, de forma anônima e gratuita, pelo site (www.cosern.com.br) ou pelo telefone 116.

A estimativa da Cosern é de que, nos últimos doze meses foram desviados, em média, aproximadamente, 60 milhões de kWh de energia elétrica em todo estado com os “gatos” – o que representa um prejuízo médio de R$ 28 milhões à concessionária. Numa simulação, seria possível utilizar a energia furtada para abastecer:

  • 33 mil casas durante 1 ano; ou
  • O município de Macau ou o bairro de Nossa Senhora da Apresentação, em Natal, durante 1 ano; ou
  • O município de Mossoró durante 1 mês; ou
  • Todas as residência da Zona Sul de Natal durante 3 meses.