Coluna: vamos entender como nosso cérebro aprende?

Olá, Aprendentes de meu coração!

Sejam todos bem-vindos a nossa coluna, ao nosso espaço! Aqui sempre vamos discutir algo relacionado a aprendizagem, ao desenvolvimento cognitivo e aos aspectos relevantes ao crescimento humano, considerando a neurociência, a psicologia cognitiva, a pedagogia e o papel de todos os sujeitos envolvidos no processo de aprendizagem. Espero que gostem de cada compartilhamento, de cada gotinha de conhecimento que trouxer para vocês, fiquem a vontade para sugerir temas, para opinar e não esqueçam de compartilhar, encaminhar, curtir e elogiar, é claro!E para abrir com chave de ouro, vamos entender como nosso cérebro aprende? Que tal?Vamos lá então! Primeiro precisamos compreender que um fator imprescindível quando falamos em aprendizagem é a convicção que todos somos capazes de aprender, cada um em seu tempo e dentro de suas limitações, todo cérebro é capaz, em maior ou menor medida, de aprender. Depois precisamos entender que nosso cérebro é uma estrutura anatomorfologicamente complexa, bem complexa! E que tem a responsabilidade de controlar todo o funcionamento do corpo humano, inclusive a maneira como aprendemos. Com uma estrutura composta em especial pelos neurônios e neuróglias ele é capaz, por meio das sinapses, de criar redes neurais nas quais se cristalizam os conhecimentos que adquirimos durante toda nossa vida. As sinapses, por sua vez, são as ligações comunicacionais entre um neurônio e outro ou entre um neurônio e uma outra célula e são as causadoras das transformações que podem ser maximizadas e treinadas. Esse sistema que constitui o cérebro humano é chamado de Sistema Nervoso e divide-se em: Central (encéfalo e medula espinhal) e periférico (nervos, gânglios e terminações nervosas). Segundo PICCINATO (2020), o SNC é responsável por processar informações e gerar comportamentos, enquanto o SNP é capaz de detectar os estímulos e conduzirem essas informações ao nosso corpo. E quando eu disse no início do texto que todo cérebro aprende, estava ressaltando a eficiência desse sistema e me referindo a capacidade que o cérebro tem de se adaptar, a sua característica muito singular de se reorganizar, se modificar, se transformar, ou seja, sua plasticidade, é a neuroplasticidade em cena. E nosso processo de aprendizagem se dá, em grande medida, pela neuroplasticidade, através desta é possível inferir que todo ser humano dotado de um cérebro é capaz de aprender. E dentro dessa perspectiva, devemos considerar limitações, capacidades cognitivas prévias, ambientes sociais, estímulos, composição biológica e métodos de ensino. Para Bridi Filho, Bridi e Rotta (2018) a aprendizagem acontece por meio das modificações sinápticas das redes neurais, ou seja, é uma reestruturação irreversível e acumulável, isso faz com que seja imprescindível a memória, já que o aprendizado no futuro depende diretamente do que se acumulou até o momento em que se depara com algo novo para se conhecer. Vejamos que interessante, o cérebro busca na memória qualquer coisa análoga ao que é novo para que se possa criar algum ponto de partida para o aprendizado da nova informação que se apresenta. Ora, se aprendemos pela memória, se nosso cérebro seleciona o que deve ser armazenado, então, podemos inferir que a repetição é um caminho elucidativo para que determinado conhecimento seja percebido como importante e deva ser memorizado, aprendido e cristalizado enquanto rede neural. Por isso, ler, reler, revisar, uma, duas, dez vezes (se preciso for) irá mostrar ao seu cérebro que aquilo é importante e, portanto, precisa ser arquivado para depois ser acessado de forma fidedigna. E não estamos com isso, falando em repetição guiada para “decoreba”, estamos falando de técnicas que envolvam outros fatores: diversificação, emoção e motivação. É importante observar que a aprendizagem muda de pessoa para pessoa e que se faz importante ponderar eixos como: atenção, concentração, prática, contexto, recompensa e desafios, experiência e vivências, desafios por exemplo. E, para não concluirmos: quanto mais partes do cérebro forem acionadas no momento da aprendizagem, mais fácil será o aprendizado! Esses são alguns vieses de como nosso cérebro aprende, mas ainda teremos muito o que conversar, até a próxima! Abraços Pedagógicos Dra da Aprendizagem @carmem.neuro.psicopedagoga (84)996095957  
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