Chapa “Democratizar é Preciso! Lutar para seguir mudando” do CCSAH/UFERSA lança Propostas

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A Chapa concorrente ao Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas da UFERSA (CCSAH), “Democratizar é preciso! Lutar para seguir mudando” lançou hoje seu plano de gestão e propostas, assim como as metas prioritárias para uma futura do Centro para os próximos quatro anos. Trata-se de um documento preliminar, que pontua uma série de atividades consideradas estratégicas e que serão discutidas e desenvolvidas durante a próxima gestão administrativa. Os candidatos da chapa são a Profa. Dra. Ady Canário e o Prof. Dr. Thadeu Brandão, do CCSAH da UFERSA.

QUEM SÃO:

Ady Canário de Souza Estevão

Candidata a Diretoria do CCSAH

Licenciada em Letras pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (1997), com Mestrado em Estudos da Linguagem, Linguística Aplicada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2007). Realizou o Doutorado em Estudos da Linguagem, Linguística Aplicada pela mesma instituição (2015). Pertenceu ao quadro de docente efetivo concursada da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Atualmente, é Professora Adjunta da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, exerce a docência efetiva nesta instituição desde 2009, inicialmente no Campus de Angicos, lecionando nos cursos de Bacharelado em Ciências e Tecnologia, Sistemas de Informação e Licenciatura em Computação e Informática, e posteriormente no então Departamento de Agrotecnologia e Ciências Sociais, na implantação do Curso de Licenciatura Interdisciplinar em Educação do Campo (LEDOC), no qual leciona. Tem experiência no trabalho técnico, como Pró-Reitora Adjunta de Extensão e Cultura (PROEC-2012), bem como no exercício, durante quatro anos, gestão da Coordenação Geral de Ação Afirmativa, Diversidade e Inclusão Social (CAADIS), como primeira Coordenadora Geral (2012-2016). Responsável pelo Projeto de Criação dos Cursos de Educação Escolar Quilombola e da Especialização em Promoção da Igualdade Racial na Escola. Fundadora da Revista Includere e idealizadora do Seminário de Ação Afirmativa, Diversidade e Inclusão Social e do Fórum de Acessibilidade (SEADIS). Coordenou o Programa Conexões de Saberes (2010). Fundadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEABI). Presidiu a primeira Comissão de elaboração do Curso de Licenciatura em Letras LIBRAS. Foi a primeira Tutora do Programa de Educação Tutorial PET Conexões de Saberes – Comunidades do Campo (MEC-SECADI). Atuou no Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Conselheira do Conselho Universitário da UFERSA – 2015-2017. Articuladora do Coletivo NEGRAS – Núcleo de Estudos de Gêneros, Relações Étnicos-raciais, Aprendizagem e Saberes.  Líder do Grupo de Pesquisa Educação, Discursos e Sociedades. Parecerista da Revista Colineares do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem da UERN.  Na mudança do novo Estatuto da UFERSA, está como Diretoria pro tempore do Centro de Ciências Sociais, Aplicadas e Humanas, pelo período interino de setembro a março/2017.

 

Thadeu de Sousa Brandão

Candidato a Vice-Diretoria do CCSAH

40 anos, bacharel, mestre e doutor também em Ciências Sociais pela UFRN, é docente desde seus 20 anos de idade, quando começou a lecionar História e Sociologia em Natal. Docente de nível superior desde 2002, passou 09 anos em IES privadas, quando, em 2011, ingressou na UFERSA. Atualmente, é professor Adjunto de Sociologia da UFERSA e Professor do Quadro Permanente do Mestrado Acadêmico Interdisciplinar em “Cognição, Tecnologias e Instituições” (CCSAH/UFERSA) – (Nota 4 CAPES). Atuou e atua em diversos projetos de pesquisa e extensão, onde atua principalmente na área de criminalidade e violência. Lidera o grupo de Pesquisa “Observatório da Violência do RN”. Autor de “Atrás das Grades: habitus e interação social no sistema prisional” e coautor de “Rastros de Pólvora: Metadados 2015” e de “Observatório Potiguar 2016: Mapa da Violência do RN”, além de mais de 35 artigos e capítulos de livros. Coapresentador do Programa Observador Político da TV Mossoró e 93FM e Colunista do Jornal O Mossoroense.

 

É importante frisar, porém, que se trata de um conjunto de propostas preliminares. Portanto, passíveis de alterações, ajustes e correções. Afinal, as decisões no CCSAH são tomadas a partir de discussões em instâncias colegiadas, com a participação democrática de professores, técnicos- administrativos e estudantes. Portanto, a versão completa do Plano de Gestão, devidamente atualizada e ajustada, será produto desse debate público na unidade acadêmica. Enfatizando a transparência, a participação, o respeito à diversidade e a democracia.

O eixo central de proposições centra-se em: DEMOCRACIA – DIVERSIDADE – FORTALECIMENTO DAS CIENCIAS SOCIAIS E HUMANAS.

CARTA PROGRAMA
PROPOSTAS DA GESTAO ADMINISTRATIVA, PARTICIPATIVA E TRANSPARENTE: METAS PRIORITÁRIAS PARA O CCSAH

Metas e ações prioritárias para a construção coletiva de um Plano Estratégico para o CCSAH/UFERSA – 2017-2020
(Documento Base)

Mossoró/RN – Fevereiro/2017

2 – MISSÃO
Formar profissionais qualificados em seus respectivos cursos e habilitações, capazes de promover a transformação e o desenvolvimento da sociedade, contribuindo, com responsabilidade e postura ética, com respeito à diversidade e aos valores democráticos e republicanos, para a construção permanente da cidadania.

3 – CONJUNTURA INSTITUCIONAL DA UNIVERSIDADE E DO CCSAH

Uma Universidade, que se digne de receber esta nomenclatura, deve se apoiar nas três grandes áreas do saber científico: tecnológico, humanístico e da vida (saúde). Este entendimento é o motor da construção das grandes academias no mundo afora e também no Brasil. Neste sentido, a nossa amada UFERSA (Universidade Federal Rural do Semi-Àrido), ainda jovem e se construindo, precisa fundamentar suas bases não apenas em uma única área, mas nas três conjuntas, o que possibilitará sua consolidação como um espaço plural de saber e de desenvolvimento em todos os parâmetros, abarcando os princípios da democracia e da diversidade.

Desde o seu nascedouro, a UFERSA se voltou praticamente para uma única e determinada área, em detrimento das demais. Mesmo com a construção de alguns cursos dentro das “Ciências Sociais Aplicadas”, a área humanística em geral nunca foi priorizada ou tida com um olhar mais atento pela instituição. Hoje com cinco cursos de graduação (Administração, Ciências Contábeis, Direito e Licenciatura em Educação no Campo), assim como seus dois programas de mestrado, o Centro de Ciência Sociais Aplicadas e Humanas, herdeiro do antigo DACS (Departamento de Agrotecnologia e Ciências Sociais) segue como sendo o “patinho feio” da Universidade. O que queremos dizer com isso? A não preterição na construção de infraestrutura, espaços para desenvolvimento de laboratório, entre outros, tão necessários ao desenvolvimento das ciências humanas e sociais como para quaisquer outras.

Neste sentido, urge-se o fortalecimento do Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSAH), enquanto espaço motor do desenvolvimento das ciências sociais, puras e aplicadas, assim como nas áreas de educação, letras, artes e filosofia (que abrangem o grande eixo das “Humanidades”). Para tanto, necessário um esforço conjunto de toda a comunidade do Centro que hora surge, a fim de conseguir os espaços e estruturas tão necessários. Uma luta que não pode ter um caráter personalístico ou carreirista. Uma luta que deve se apoiar no interesse de todos os docentes, funcionários e alunos do Centro: a saber, a consolidação e expansão futura das Ciências Sociais Aplicadas e das demais Humanidades na nossa amada UFERSA.

4 – PRINCÍPIOS DE GESTÃO
Nossas propostas são baseadas em alguns princípios fundamentais: postura democrática, equidade nas decisões, diálogo e respeito às diversidades, ética e responsabilidade institucional, transparência na gestão dos recursos públicos, integração e fortalecimento das áreas.
Um dos princípios elementares de qualquer administração – como também de qualquer relação social – é o estabelecimento de uma postura democrática. Apesar do constante cenário de conflitos em que nos encontramos em nosso cotidiano, é fundamental a manutenção da tolerância e do respeito mútuo, dentro de um espaço coletivo de trocas simbólicas e de relações de poder. A democracia impõe que a administração seja pautada pelo interesse público, segundo os princípios da legalidade, da legitimidade e do compromisso com as demandas sociais e comunitárias. A postura democrática respeita os órgãos colegiados, a livre expressão e os direitos de todas e todos.
O princípio da equidade constrói-se a partir do comportamento correto, igualitário e, sobretudo, justo, dentro de uma situação concreta. Requer lisura na maneira de proceder, julgar, opinar e decidir. No caso do CCSAH, é preciso agir com equidade nas decisões referentes aos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Direito e Educação no Campo, assim como nos Cursos de Pós-Graduação Strito e Lato Senso, manifestando senso de justiça, imparcialidade e respeito à igualdade de direitos.
Diálogo e respeito às diversidades são condições fundamentais para o cultivo da democracia e da equanimidade. Sem diálogo, não há interação, nem compreensão, nem possibilidade de consenso. O reconhecimento das diferenças sociais, econômicas, étnicas, culturais, religiosas, dentre outras, implica a observância dos direitos humanos.
A postura ética, por sua vez, constitui o esteio para o agir com responsabilidade – política, social, profissional e institucionalmente. Mais que um conjunto de normas de conduta, a ética – ciência da moral – implica a reflexão, a vigilância e a observância de valores pautados pelo comportamento honesto, íntegro, justo e virtuoso. Trata-se, sim, de uma consciência prática baseado em princípios do bem coletivo, em oposição ao individualismo, ao pragmatismo imediatista e aos interesses meramente pessoais.
Outra questão fundamental diz respeito ao trato com a coisa pública, muitas vezes ocultada por interesses particulares ou de um determinado grupo. Ser transparente na gestão dos recursos públicos significa dar visibilidade àquilo que é de interesse de todos. A prestação de contas é uma obrigação do administrador; e o acesso às informações orçamentárias e financeiras é um direito da sociedade, que paga regularmente seus tributos.
É preciso estabelecer uma política pública em que as áreas sejam harmonizadas e, sobretudo, fortalecidas. Neste sentido, em vez de ambiente de competitividade negativa, é necessário promover a integração dos cursos e habilitações, a partir de projetos em que seja possível exercitar participações colaborativas e interativas. A partir dessa integração de áreas, criar-se-ão várias frentes de trabalho em equipe. Juntos, integrados, será possível estabelecer a sinergia no estudo e no trabalho.
5 – AÇÕES E METAS PRIORITÁRIAS
– Lutar por ampla reforma da infraestrutura física do CCSAH, modernizado e humanizando os espaços para o pleno desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão.
– Implementar a construção de um Laboratório Interdisciplinar do CCSAH, como núcleo das bases de pesquisa e aporte de apoio às iniciativas de pesquisa, respeitando as peculiaridades das Ciências Sociais Aplicadas e Humanas.
– Fortalecer o evento interdisciplinar de pesquisa e extensão do CCSAH, de caráter interdisciplinar, cultural e científico, integrando os vários matizes do conhecimento que fazem o Centro.
– Incentivar a criação de novos cursos de pós-graduação stricto sensu e lato sensu, assim como, fortalecer os cursos já existentes, com infraestrutura necessária para seu funcionamento.
– Propor projetos arrojados para o financiamento e a sustentabilidade das ações de ensino, pesquisa e extensão.
– Desenvolver ações visando ampliar o volume de recursos orçamentários (custeio e capital), a partir da melhoria dos indicadores acadêmico- científicos da unidade.
– Incentivar a prática de ações fundadas na postura ética e voltadas para a construção da cidadania e para a proteção dos direitos humanos.
– Desenvolver projetos e fazer gestões visando à ampliação dos serviços de assistência estudantil.
– Lutar pelo aumento do número de bolsas Permanência, Monitoria, Iniciação Científica (PIBIC), Extensão e Cultura (PROBEC), dentre outras.
– Incentivar a participação de estudantes em projetos acadêmicos, científicos e culturais.
– Fortalecer a política de convênios e parcerias, buscando ampliar as vagas de estágios e as atividades acadêmicas de cooperação técnica e pedagógica.
– Realizar um encontro anual de planejamento, aprimorando os mecanismos de gestão, transparência e controle.
– Promover mecanismos de participação na gestão, enfatizando a diversidade e a pluralidade de vozes e ideias, realizando Assembleias de Centro para consultas, deliberações e elaboração das normatizações sobre as políticas da Universidade e do próprio Centro.
– Apoiar a criação de novos cursos de graduação para o Centro, buscando apoio Institucional e Externo para a consecução da tarefa (mesmo em época de crise política e econômica e levando isso em consideração).
– Mediar e apoiar as ações coletivas de docentes, técnicos e discentes, na execução das atividades de organização administrativa, financeira e didático-científica e de pessoal.
– Buscar a construção de parceria com entidades de cada segmento: ADUFERSA, SINTEST e DCE (CA’s), na articulação e garantia dos mecanismos de representatividade de docentes, técnicos e discentes, bem como com demais instituições, entidades e movimentos sociais.
– Promover Seminário Interdicisplinar do CCSAH para participação, discussão e socialização do processo de transição e construção do Centro em diálogo com alunos, docentes e técnicos.
6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como foi dito anteriormente, este documento consiste em uma versão preliminar de nossas propostas de gestão, a ser consolidado e construído coletivamente, dependendo sempre do processo de discussão e de planejamento desenvolvidos na unidade, com a participação dos professores, estudantes e técnicos-administrativos.
Portanto, são bem-vindas as sugestões e as propostas do coletivo, de modo a se buscar o permanente aprimoramento do presente plano. É a partir das contribuições colegiadas que melhor se processam as discussões e as deliberações acadêmicas, pedagógicas e administrativas.
Lembramos que nossa meta é a construção de um Centro independente da gestão central, mas que, ao mesmo tempo, seja gerido e trabalhado com responsabilidade, sem proselitismos ou mesmo sem oposições irresponsáveis. Com uma visão de conjunto e com diálogo democrático, num fazer coletivo, construído com a ajuda de todas e todos.

Focamos conjuntamente: no papel dos docentes, na construção efetiva da consolidação dos cursos e na construção dos novos departamentos, no diálogo necessário para a efetivação das demandas e resolução dos problemas diários e estruturais; no papel dos técnicos na tessitura do Centro, em seu ordenamento diário, assim como na própria efetivação de uma visão de burocracia “aberta”, possibilitadores de processos ágeis que não incorram em adoecimentos para o trabalhador; e no papel dos estudantes, na medida em que são o objetivo final de todo o nosso trabalho, procurando integrar suas instâncias participativas, dialogando com todas e todos, ouvindo e permitindo que suas maiores necessidades acadêmicas possam ser dirimidas.

Importa, como ressaltamos, valorizar o ensino (graduação e pós-graduação), a pesquisa e a extensão, na medida em que esses eixos, além de fundamentais para a constituição da prática universitária, perfazem o perfil de nosso Centro, com suas peculiaridades, idiossincrasias e tecnologias próprias. Além de ter suas especificidades atendidas, esses eixos precisam também de espaços, estrutura e apoio para suas realizações.

Profa. Dra. Ady Canário Estêvão – Diretora
Profa. Dra. Thadeu de Sousa Brandão – Vice-diretor