Cenas externas do Chuva de Bala são gravadas no Bom Pastor

O “Chuva de Bala no País de Mossoró”, encenado no adro da Capela de São Vicente, que relembra o orgulho mossoroense de resistir a invasão cangaceira em 1927, não se resume às interpretações e danças no momento da encenação, mas também apresenta, entre uma cena e outra, projeções. como em um cinema. Este ano, as gravações das cenas externas aconteceram no Bom Pastor.

Entre as cenas exibidas entre os atos está, por exemplo, o episódio do sequestro do Coronel Antônio Gurgel, que se perde nas veredas acompanhado de seu motorista Gatinho.

Para essas gravações externas são mobilizados profissionais de áudio, vídeo e produção para que as tomadas sejam executadas com qualidade. A comunidade do Bom Pastor, zona rural do município de Mossoró, foi escolhida como locação para trazer verdade ao espetáculo que é dirigido por João Marcelino.

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“Quando dirigimos pela primeira vez a cena da prisão do coronel tudo acontecia no próprio palco, usando um praticável com volante para simular um automóvel. Tudo feito em tempo real da encenação. Mas ao longo do tempo percebemos a necessidade de evoluir e também de atender uma exigência dos espectadores que esperam sempre algo novo a cada edição. E estudando a possibilidade da linguagem do áudio visual puxamos os atores para essa linguagem de cinema que é feita externamente e que dialoga com a narrativa do palco”, explicou o diretor.

A linguagem do cinema também é usada para dinamizar a narrativa das viúvas. Para retratar a dor das mulheres que perdiam maridos e filhos na violência do cangaço o diretor levou toda a equipe para gravações nas dunas da Praia do Rosado. Uma novidade para este ano são as cenas de pesadelos do prefeito Rodolfo Fernandes e também de Virgulino. Para estes momentos o diretor também fez uso do cinema.

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