Carisma e votos

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O prefeito  Francisco José apresentou uma nominata de 14 partidos políticos que apoiariam sua candidatura à reeleição. O anúncio  foi feito de forma triunfal, como sendo um rolo compressor empurrado por 184 candidatos à Câmara Municipal, capaz de esmagar qualquer adversário. Acreditando ser uma estratégia onde não poderia haver o menor erro, entregou casa legenda a um familiar ou a uma pessoa de sua extrema confiança.

Quando o governador Fernando Collor de Mello decidiu disputar a presidência da República, ignorou o apoio dos partidos políticos tradicionais e criou uma legenda que permaneceu desconhecida, o PRN. Em vez de buscar o fortalecimento de alianças, investiu em um discurso forte que pudesse sensibilizar o eleitor brasileiro. Duas estratégias diametralmente opostas.  Collor foi eleito presidente da República e Francisco José teve sua candidatura implodida. São situação diferentes, mas os exemplos podem servir para candidatos futuros que acreditem mais na força da máquina que no carisma pessoal.