Caminhada contra a violência arrecada doações para vigilantes feridos no RN

Vigilantes e profissionais de segurança de todo o Estado realizam neste sábado em Mossoró a caminhada “Vigilantes também sangram” em busca de alertar para a insegurança no RN. A concentração para a saída pelas ruas começa às 15h na Praça do Pax. Durante o ato, também serão arrecadadas doações para dois vigilantes feridos por bandidos este ano.

“Neste ano de 2016 já são 28 atentados contra vigilantes no RN, incluindo, além dos colegas que perderam a vida, o Jeimyson, que ficou paraplégico, e o Tiago, que ainda está internado após ser esfaqueado por bandidos na estação da Caern no dia 13 de abril”, disse o professor Luciano Torres.

O professor conta que, no ano passado, foram 86 atentados contra vigilantes no Rio Grande do Norte, sendo que um profissional foi morto em Mossoró.

A caminhada está sendo organizada pela Comissão Independente de Assuntos de Segurança Privada (Ciasp). Os organizadores pedem que as pessoas que participarem do ato usem roupas pretas para simbolizar luto pela segurança no RN. A Comissão pleiteia a aprovação de emenda na Lei Federal 7.102/83 para que estabelecimentos comerciais tenham de elaborar planos de segurança, como já é exigido dos bancos.

Familiares mantém a esperança de que vigilante Jeimyson Nunes volte a andar

Contactados, familiares de Jeimyson Nunes de Azevedo, contaram que o vigilante precisa de fraldas geriátricas, óleo de girassol, hidratante para a pele e enxaguante bucal.  O vigilante foi baleado no pescoço durante assalto a uma farmácia na Zona Norte de Natal no dia 04 de abril e perdeu o movimento das pernas. No entanto, familiares contam que ainda há esperanças que ele volte a andar.

“O médico nos disse que ainda é muito cedo para dar um diagnóstico definitivo se ele vai ou não poder se recuperar e voltar a andar. O mais importante é que ele tem reagido bem psicologicamente e se mantém otimista. Agradecemos a todos que demonstraram apoio e continuamos com a esperança que ele vai melhorar”, disse o sargento Azevedo, tio de Jeimyson.