Brasil anuncia redução no desmatamento da Amazônia com a menor taxa em 11 anos

A área desmatada na Amazônia foi de 5.796 km² entre agosto de 2024 e julho de 2025, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

 

➡️ O número representa uma queda de 11% no índice de desmatamento com relação aos 12 meses anteriores. Em 2024, o número havia sido de 6.288 km². (Veja o gráfico abaixo)

 

A queda na taxa ocorreu em um cenário desafiador para a Amazônia, que viveu o ano com maior número de queimadas em 20 anos.

 

📈 Os números são do relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), considerado o mais preciso para medir as taxas anuais. Ele é diferente do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que mostra os alertas mensais – e que já sinalizava quedas na devastação nos últimos meses e no último ano.

O anúncio foi feito em uma coletiva em Brasília há pouco menos de duas semanas para a COP30 é uma boa notícia para o governo Lula, que quer apresentar no evento o Fundo Tropical das Florestas (TFFF), que é um fundo de financiamento para a proteção de florestas florestais, o que inclui a Amazônia.

 

Queda no desmatamento entre os estados

A redução vem de uma sequência de quedas no desmatamento nos estados em que há vegetação amazônica. Veja abaixo:

 

Tocantins: 62,5%

Amapá: 48,15%

Roraima: 37,39%

Rondônia: 33,61%

Acre: 27,62%

Maranhão: 26,06

Amazonas: 16,93

Pará: 12,40%

O único estado houve alta foi o Mato Grosso, com um aumento de 26,05%.

 

Desmatamento no Cerrado segue em alta

O desmatamento no Cerrado somou 7.235 km² entre agosto de 2024 e julho de 2025, segundo dados do Prodes Cerrado, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa uma queda de 11% no desmatamento do bioma.

 

O Cerrado, segundo o Inpe, segue como o bioma mais pressionado pela expansão agropecuária e pela abertura de novas áreas de cultivo. O bioma é considerado crucial para o equilíbrio climático e a conservação dos recursos hídricos do país.

 

Apesar disso, o cenário apresentado neste balanço anual é a com a menor taxa em cinco anos.

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