Após reviravolta sobre sucessor de Lira, Lula diz que não tem candidato a presidente da Câmara

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou, nesta quinta-feira (5), interferência do Planalto nas eleições para futuros chefes do Congresso Nacional. Em entrevista, o petista defendeu que “não tem candidato”, e que essa responsabilidade é do parlamentares e partidos.

 

“O presidente da Lula, o presidente do Brasil, não tem candidato à presidência da Câmara. A presidência da Câmara é da responsabilidade dos partidos políticos e dos deputados federais”, declarou.

A fala de Lula ocorreu durante uma entrevista à Rádio Vitoriosa, de Uberlândia (MG). Mesmo sem ser questionado, o petista fez questão de frisar que não pretende interferir nas disputas.

 

Apesar do discurso, o chefe do Executivo tem participado de forma intensa nos últimos dias na construção de uma candidatura majoritária no Centrão para o comando da Câmara dos Deputados, segundo informou o Blog da Ana Flor.

 

Após reviravolta sobre sucessor de Lira, Lula diz que não tem candidato a presidente da Câmara

Apesar de alegar que a sucessão é assunto do Congresso, Lula esteve com Lira, Gilberto Kassab e com o deputado Hugo Motta esta semana. Além de conversar com outros parlamentares e líderes.

Por Pedro Henrique Gomes, Guilherme Mazui, g1 — Brasília

 

05/09/2024 16h07 Atualizado há uma hora

 

Lula em entrevista a rádio de Uberlândia (MG) — Foto: Reprodução

Lula em entrevista a rádio de Uberlândia (MG) — Foto: Reprodução

 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou, nesta quinta-feira (5), interferência do Planalto nas eleições para futuros chefes do Congresso Nacional. Em entrevista, o petista defendeu que “não tem candidato”, e que essa responsabilidade é do parlamentares e partidos.

 

“O presidente da Lula, o presidente do Brasil, não tem candidato à presidência da Câmara. A presidência da Câmara é da responsabilidade dos partidos políticos e dos deputados federais”, declarou.

A fala de Lula ocorreu durante uma entrevista à Rádio Vitoriosa, de Uberlândia (MG). Mesmo sem ser questionado, o petista fez questão de frisar que não pretende interferir nas disputas.

 

Apesar do discurso, o chefe do Executivo tem participado de forma intensa nos últimos dias na construção de uma candidatura majoritária no Centrão para o comando da Câmara dos Deputados, segundo informou o Blog da Ana Flor.

 

Leia também: Lula participou de articulação para sucessão de Lira

“Ao presidente Lula cabe a responsabilidade de tratar bem qualquer que seja o presidente, porque o presidente da Câmara e do Senado não precisa do presidente da República. É o presidente da República que precisa deles”, seguiu o titular do Planalto.

Lula afirmou ainda que sempre tratou “com respeito” o chefe da Casa, e disse esperar que “a Câmara eleja o melhor, que o Senado eleja o melhor, para que a gente tenha dois anos de governo muito virtuoso a partir do ano que vem”.

Reuniões no Planalto

Ao longo das últimas semanas, Lula teve reuniões com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), bem como lideranças de outros partidos, pré-candidatos ao posto e ministros aliados com mandatos no parlamento.

 

Entre eles, Lula recebeu o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) na quarta-feira (4) no Palácio do Planalto, um dia depois de Motta se lançar de vez na disputa.

 

Marcos Pereira (Republicanos-SP), que decidiu deixar a candidatura para apoiar o outro nome do partido, confirmou que Motta recebeu o aval do presidente da República para concorrer.

Novo cenário político

A disputa pelo sucessor de Arthur Lira no comando da Câmara dos Deputados ganhou um novo cenário esta semana, após Pereira anunciar que deixaria a disputa para apoiar Hugo Motta.

O atual vice-presidente da Casa, que decidiu abrir mão da candidatura, era um dos três principais nomes na disputa — junto do líder do União Brasil, Elmar Nascimento, e do líder do PSD, Antônio Brito.

 

Ainda não há data para Lira fazer o anúncio de quem receberá o apoio do presidente para sucedê-lo. Elmar, o antigo favorito do atual presidente da Casa, enfrenta forte atuação do governo contra sua candidatura.

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