Após anúncio de saída dos EUA, OMS cortará em 20% seu orçamento

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê cortar seu orçamento em 20% após a decisão de seu principal doador, os Estados Unidos, de se retirar, e reduzirá missões e pessoal, indicou seu diretor em um e-mail ao qual a AFP teve acesso neste sábado (29).

 

Em 2025, a OMS enfrenta uma perda de receitas de US$ 600 milhões de dólares (R$ 3,4 bilhões) e “não tem outra opção” a não ser começar a fazer cortes, explicou o diretor-geral da instituição, Tedros Adhanon Ghebreyesus, em um e-mail enviado na sexta-feira (28) aos funcionários da agência de saúde da ONU.

 

Desde que Donald Trump voltou à Casa Branca em janeiro, o presidente americano anunciou a retirada de seu país da OMS e decidiu congelar a ajuda dos Estados Unidos ao exterior, incluindo importantes programas para melhorar a assistência sanitária em todo o mundo.

 

Trump alegou que tomou sua decisão pela diferença nas contribuições de Washington e de Pequim, e acusou a OMS de estar “fraudando” o seu país.

 

Os EUA eram de longe o maior doador da OMS. No último ciclo orçamentário bianual, de 2022-2023, Washington contribuiu com até 1,3 bilhão de dólares (7,49 bilhões de reais), o que representou 16,3% do orçamento total, que era de 7,89 bilhões de dólares (45,4 bilhões de reais).

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