Análise: “Economistas contra Trump e a esquerda”

Ney Lopes

No debate social e econômico há um aspecto, que gera concordância: a impossibilidade de união das opiniões dos economistas nos Estados Unidos.

O “Economist” publicou análise nesse sentido.

Os economistas americanos têm tido muitas divergências.

O século XVIII viu os clássicos disputarem com os mercantilistas.

Em meados do século XX, os keynesianos e se opuseram aos monetaristas.

Décadas mais recentes, colocaram os defensores dos mercados eficientes contra os behavioristas (comportamentos), ou sejam, aqueles que explicam aspectos da personalidade humana, de acordo com a educação, a criação e os exemplos.

Às vezes, as disputas permanecem enclausuradas. Porém, regra geral chegam a esfera pública, em discussões sobre salários mínimos, inflação e regras de política monetária.

George Bernard Shaw brincou que, se todos os economistas fossem colocados lado a lado, ainda assim não chegariam a uma conclusão.

Winston Churchill sugeriu que, se você quisesse duas opiniões sobre um assunto, deveria colocar dois economistas em uma sala.

A era Trump, no entanto, inaugurou novos tempos, com cada nova diretriz econômica da Casa Branca, despertando a ira coletiva desses profissionais.

Em quase todas as questões sobre política comercial os economistas defendem o livre comércio.

Poucos concordam com a afirmação de que “impostos de importação mais altos… para incentivar os produtores a produzir [nos Estados Unidos]… seriam uma boa ideia” como defende Trump.

O receituário de Trump é também recusado pela maioria: politizar a política monetária é uma loucura; fundos soberanos e reservas estratégicas de criptomoedas servem para pouca coisa; proibições à imigração de pessoas altamente qualificadas minariam a liderança americana em pesquisa e desenvolvimento, empurrariam empresas para o exterior, prejudicariam trabalhadores médios e fariam pouco para impulsionar o emprego.

Embora muitos economistas tenham uma antipatia instintiva pelo presidente, a grande maioria é   contra políticas tradicionalmente de esquerda, como tetos de juros e controle de aluguéis, e em relação a políticas de direita, como cortes de impostos autofinanciados.

O que se pode concluir é que a diversificação de opiniões ajuda na busca de soluções nacionais, que mesmo não sendo consensuais, resultam de observações e estudos.

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