Alvaro Dias defende reforma tributária em debate do setor de comércio

Convidado para apresentar, em Brasília, suas propostas para empresários das oito entidades que compõem a União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), o candidato Álvaro Dias (Podemos) fez nesta terça-feira (14) críticas ao atual sistema político e voltou a repetir o discurso de “refundar a República”. Dias disse ainda que vai combater a corrupção e institucionalizar a Operação Lava Jato, que, de acordo com ele, prendeu “os barões que assaltaram a República”.

O candidato à Presidência da República, Álvaro Dias, do Podemos, discursa durante o evento,  Diálogos Eleitor, realizado pela  União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs).
Álvaro Dias, candidato do Podemos, propõe a institucionalização da Operação Lava Jato – José Cruz/Agência Brasil

Sobre como melhorar o ambiente de negócios no país, o senador paranaense ressaltou que a questão passa por uma grande reforma tributária, com redução de tributos e tributação mais na renda que no consumo.

No tema eficiência do Estado, o candidato destacou desafios nas áreas fiscal, de investimento e da produtividade. Ele disse, se for eleito, já no início de 2019, irá criar um limitador emergencial de despesas e fazer um corte de 10% em todos os gastos. “No segundo ano, faremos o ajuste estrutural, com orçamento de base zero”, completou. Segundo Dias, há um desperdício de mais de 10% nos recursos do governo, “sem contar o que é perdido por causa da corrupção”.

Álvaro Dias voltou a defender as reformas política, tributária e previdenciária. Essa última, como saída para cortar despesas e reduzir o déficit das contas públicas. Ainda para equilibrar a Previdência, Dias propõe instituir contas individuais capitalizadas. “Com os recursos da privatização, teremos um fundo para essa capitalização”, disse.

O candidato prometeu ainda  privatizar empresas e diminuir o número de ministérios. Para a reforma política, defendeu um “Congresso mais enxuto, econômico e com qualidade”. Na área de urbanismo e serviços essenciais, ele disse que pretende trabalhar com as parcerias público-privadas e concessões para serviços e obras que melhorem a vida das pessoas nas cidades.

Na área da saúde, o presidenciável avaliou que “o problema não é dinheiro, e sim a corrupção, má gestão e falta de planejamento”. Para atender aos municípios mais distantes, ele propõe criar a carreira de Estado de médico federal, para aqueles que aceitem trabalhar nessas localidades.

Ainda nesta terça-feira, os empresários que participam do Diálogo Unecs vão ouvir os candidatos Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Gerado Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT), representando Luiz Inácio Lula da Silva, que foi convidado, mas está preso em Curitiba.

 

Agência Brasil