Alunos protestam contra fechamento de escola em Mossoró

Alunos da Escola Estadual Educandário Presidente Kennedy, em Mossoró, realizaram na manhã desta segunda-feira, 07 de novembro, protesto contra o fechamento da unidade pelo governo do Estado. Os manifestantes saíram em caminhada até a sede da 12ª Diretoria Regional de Educação e da Cultura (Dired), onde discutiram sobre a transferência dos alunos para outras escolas e sobre a possibilidade de o Estado usar outros prédios para abrigar o educandário.

O prédio onde funciona a escola é alugado e terá de ser desocupado em razão do vencimento do contrato e de portaria que determina a não renovação de aluguéis para economizar recursos. A partir do próximo ano letivo, os alunos do educandário serão divididos entre escolas estaduais como o Elizeu Viana, Abel Coelho e Lavoisier Maia.

“Querem fechar a Escola Presidente Kennedy e espalhar os alunos entre escolas diferentes, longe da nossa escola atual. Assim vão desfazer a nossa comunidade escolar e dificultar a vida dos alunos, que vão ter de fazer um deslocamento bem maior, sem contar que estas escolas também não têm infraestrutura para receber os estudantes. Em vez disso, sugerimos que nossa escola seja transferida para um prédio público próximo”, conta o estudante Sanderson Galdino.

Na reunião na Dired, os estudantes sugeriram que a escola seja transferida para o prédio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), próximo ao Educandário Presidente Kennedy e que não está sendo utilizado.

Os alunos foram acompanhados ainda por professores e por representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinte/RN) e outros movimentos sociais, que cobram maior discussão com a comunidade sobre o fechamento da escola.

“Essa decisão de fechar a escola não foi discutida com a comunidade e nem com os servidores. É preciso entender que a maioria dos alunos do Educandário Presidente Kennedy moram naquela região do Macarrão e Ouro Negro. O Estado deveria fazer as adequações necessárias no prédio da Emater, que está abandonado, para que ele pudesse abrigar a escola”, afirma o diretor do Sinte, Rômulo Arnauld.

O presidente do Sinte explica que, com uma reforma estimada em R$ 50 mil, o prédio abandonado da Emater poderia ser convertido em uma escola. Ele informa que os estudantes, pais e servidores da escola formaram comissão para discutir o fechamento da unidade junto com a Secretaria de Estado da Educação e Cultura (SEEC) e com o Ministério Público (MPRN).

Estudantes sugerem que o Estado use prédio da Emater abrigar o educandário (Foto: Luis Henrique).
Estudantes sugerem que o Estado use prédio da Emater abrigar o educandário (Foto: Luis Henrique).