Agripino acredita que impeachment terá mais de 54 votos favoráveis no Senado

O presidente nacional do Democratas e líder da oposição no Senado, José Agripino (RN), acredita que o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que será votado nesta quarta-feira (11) pelo plenário do Senado, terá mais dos 54 votos necessários para o afastamento da chefe do Executivo.

“As razões jurídicas, que já foram analisadas pela comissão especial, são suficientes para avaliar que, instalado o processo, do ponto de vista do mérito, os 54 votos serão obtidos. E até mais do que isso, não só por razões de ordem jurídica, mas também de ordem política”, frisou o parlamentar.

De acordo com José Agripino, o Brasil precisa de um governo com suporte político-partidário para tirar o País da crise que o Partido dos Trabalhadores o colocou. “O Brasil precisa sair da crise. Precisa de um governo que tenha suporte político-partidário para votar as reformas no campo econômico e estruturais que darão credibilidade ao Governo”, acrescentou Agripino.

A sessão que analisa o pedido de afastamento de Dilma Rousseff começou na manhã de hoje. Desde então os senadores se reversam com direito a 15 minutos para falar. A votação do relatório do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), favorável ao processo de impeachment, deve começar por volta das 19h.

“O Brasil necessita recuperar sua imagem no plano nacional e internacional e a perspectiva de retomada de crescimento, com a geração de emprego, o grande fantasma que o país vive hoje”, destacou Agripino.

Sobre um possível governo Michel Temer, o senador pelo Rio Grande do Norte disse que o país enfrentará momentos difíceis e precisará contar com o apoio da sociedade e do Congresso.

“Ninguém imagine que, feito o impeachment e o vice-presidente assumindo, o Brasil vai entrar no dia seguinte em um mar de rosas. A crise que o PT colocou nosso país vai exigir muito sacrifício, dedicação e muita compreensão da sociedade. Afinal, entramos em uma maré de dificuldades por causa dos sucessivos erros do governo do PT”.