Aduern emite nota de repúdio e destaca que não aceita privatização da Uern

A Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – ADUERN emitiu bota em repúdio a declaração do presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, desembargador Cláudio Santos que, em entrevista concedida ao RN TV, primeira edição, no dia 31 de outubro de 2016, defendeu a privatização da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN, como alternativa para a crise financeira do Estado.

Segundo a nota, o “discurso fere o Direito à educação pública e distorce o artigo 211 da Constituição Federal no que diz respeito às responsabilidades dos entes públicos com o ensino superior, ao mesmo tempo em que desconsidera a história de contribuição da UERN para a formação de profissionais de várias categorias em todas as regiões desse estado, dentre eles, bacharéis em Direito que atuam nas atividades essenciais à justiça”, destaca.

A nota destaca ainda que a Universidade tem valor social, político e econômico para o estado do Rio Grande do Norte e para os filhos dos trabalhadores de diversos outros estados que tem na UERN o acesso ao ensino superior.

“A proposta de privatizar um patrimônio público significa retirar de grande parte da população o acesso à formação profissional; significa também transformar o direito à educação em uma mercadoria para os que podem pagar”, reforça.

A nota termina alertando para o cenário de redução de investimentos na instituição, tratando esta política como falta de respeito aos estudantes e servidores.

“A UERN vem passando por um processo de escassez de investimento e desrespeito com os seus estudantes, funcionários, terceirizados e professores com os constantes atrasos salariais e nas bolsas. Esse quadro é reflexo do processo em curso nos últimos anos em que o ensino superior público tem recebido menos investimentos em detrimento de uma acelerada e intensa expansão de um ensino superior privado. A ADUERN coloca-se frontalmente contra propostas dessa natureza, que buscam desqualificar o ensino público, gratuito e de qualidade e rejeita qualquer discurso que aponte para a privatização da nossa universidade. A UERN é patrimônio público da sociedade potiguar!”, conclui.