Ney Lopes: OPINIÃO: “AMOÊDO OPTA POR LULA”
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Ney Lopes
Exemplos de intolerância política são as reações de filiados do Partido Novo, pelo fato do seu fundador, empresário João Amoedo, ter optado pelo candidato Lula.
Em entrevista, Amoêdo – candidato à Presidência da República pelo Novo em 2018 –, revelou que votará no PT, pela primeira vez.
Horas depois da manifestação de Amoêdo, dirigentes, parlamentares e integrantes da sua própria legenda reagiram e alguns até defendem a expulsão do empresário.
Não sou correligionário de Lula, nem do PT.
Mas a decisão é democrática e a legenda que diz defender a liberdade de expressão não pode assim agir.
Cabe observar, que esse sistema do segundo turno foi introduzido em Portugal pela Constituição de 1976, apenas para as eleições presidenciais.
Segundo a Constituição portuguesa, um candidato para ser eleito necessita da maioria absoluta (mais da metade) dos votos validamente expressos.
Em Honduras, em 2014 o Congresso Nacional debateu sobre o segundo turno nas eleições presidenciais.
No Brasil, o segundo turno foi adotado com a Constituição de 1988, visando abrir chances teóricas para aquele que pareça o melhor candidato e não alcance a maioria absoluta.
Trata-se, portanto, de uma figura jurídica, que permite ao eleitor exercer livremente a sua opção.
No caso específico de João Amoedo, por ser um homem de sucesso na vida, ele sabe o que fez.
O quadro nacional é de estabilidade, sem riscos institucionais, assegurado o direito de opção de cada eleitor.
Amoedo é filho da administradora de empresas Maria Elisa Filgueira Barreto, natural do Rio Grande do Norte e tem familiares residentes em nosso estado.
Expresso a minha solidariedade a João Amoedo.
Ele exerceu direito garantido pela Constituição vigente.