61% dos municípios do RN melhoraram a nota do Ideb

Dos 18 municípios que obtiveram nota acima de 9 nos anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano ) do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em 2023, 17 estão no Nordeste. Estes números mostram o avanço da Região na educação fundamental ao longo dos últimos anos.

 

Análise realizada pela Coordenação de Estudos e Pesquisas da Sudene mostra que a rede pública de 60,7% dos municípios nordestinos melhorou os resultados entre 2021 e 2023 no principal indicador da qualidade de ensino do Brasil. Vale destacar que o único município a tirar nota 10 no país foi Pires Ferreira, no Ceará – há 16 anos, sua nota era de 3,7.

 

Mais da metade dos municípios dos estados do Ceará (83%), do Maranhão (78%), de Alagoas (77%), de Pernambuco (61%), do Rio Grande do Norte (61%) e do Piauí (56%) incrementaram suas notas entre os anos de 2021 e 2023. Esse dado pode ser considerado reflexo do desempenho das escolas – 100 unidades educacionais do país com maior desempenho no Ideb são do Nordeste. O Ceará concentra o maior número de unidades (68), Alagoas (31) e uma de Pernambuco.

 

Ao analisar os dados em cada estado, a equipe da Sudene observou que a rede pública municipal do Nordeste, nos anos iniciais, apresentou avanços. Chama a atenção o estado do Ceará – 83% dos municípios melhoraram suas notas em relação à última avaliação do Ideb. “O investimento contínuo em educação e com objetivos evidentes mostra a sua importância. Mesmo num estado que já tem municípios com altas notas, estas permanecem crescendo, gerando uma sinergia, um efeito-demonstração positivo para todas as gestões públicas municipais. Já deixou de ser um fato pontual, um ou outro município, uma ou outra escola, para ser generalizada a qualidade do Ensino Fundamental naquele estado”, comentou o coordenador Desenvolvimento Territorial, o economista José Farias.

 

De acordo com José, os estudantes de um ensino fundamental de qualidade em 2024 serão potenciais alunos de graduação ou ensino técnico em uma década e terão a chance de chegar ao mercado de trabalho em melhores condições, trazendo para os pequenos e médios municípios do Nordeste uma geração mais exigente e com maior capacidade de gerar riqueza, não apenas monetária, mas com inquietação e com o germe da inovação, para o território onde habitam.

 

“Uma geração que recebe uma educação de melhor qualidade tem condições de tratar melhor o seu destino e colaborar mais efetivamente para o desenvolvimento de um território. Isto é bem relevante para o desenvolvimento de mais longo prazo na nossa região”, destacou José Farias.

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