191 dias com média de mortes acima de 1.000 por dia

Pela primeira vez desde 20 de janeiro a média móvel de mortes por Covid-19 no Brasil ficou abaixo do patamar de mil óbitos.

Ao todo, desde o início da pandemia, 556.437 brasileiros já perderam a vida para a doença.

Foram 191 dias em que morreram mais de mil pessoas por dia. Mas foram muitos dias com mais de 2.000, 3000 e até mais do que 4.000 mortes.

Enquanto isso, o presidente continuou minimizando a pandemia, chamou quem chorava a perda de entes queridos de maricas, continuou oferecendo cloroquina e o Governo partiu pra compra da vacina de forma atabalhoada, com atravessadores, o que culminou na denúncia do pedido de propina.

Só para lembrar: o governo recusou por diversas vezes as vacinas Coronavac e Pfizer.

Temos hoje 101 milhões de pessoas vacinadas, sendo 41,5 milhões totalmente imunizadas. Ou seja, temos menos de 20% da população vacinada.

“Ah, mas o público alvo é a população acima de 18 anos”. Nesse público, temos apenas 26% da população vacinada. Sendo que em alguns Estados, como Maranhão e São Paulo, já há calendário de vacinação a partir de 12 anos de idade.

Ano passado perdemos 194.949 vidas brasileiras. Este ano foram 362 mil.

Se o governo não tivesse feito a egípcia para as propostas da coronavac e pfizer? Se tivéssemos vacina à disposição em maior quantidade desde o começo?

Nas faixas etárias acima de 60 anos, a média de pessoas imunizadas é muito mais alta do que a média total. Acima dos 70 anos, está acima dos 90%.

A Universidade Federal de Pelotas calculou que na faixa etária acima dos 70 anos, a imunização salvou mais de 40 mil vidas. Atualizado com a inclusão da faixa que vai dos 60 aos 69 anos, mostrou que quase 63 mil pessoas foram salvas.

Comemoramos a queda no número de óbitos, mas lamentamos a inércia que causou tantas mortes.

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