Wilson Bezerra de Moura – A FORÇA BRUTAL

Em todos os tempos da história da humanidade, sempre existiu a figura folclórica, popular, engraçado, tipo que se vulgariza na sociedade pela maneira de ser e agir, tornando-se conhecida. Foi então que o jornalista Lauro da Escóssia, de saudosa memória em sua coluna Mossoró no Passado, janeiro de 1980, fez menção a uma figura vivida lá pelos anos de 1930, conhecido por todos pelo nome de José Manoel ou Joaquim de Jesus, também conhecido pela alcunha de Dez.

Pois bem, o Dez como era tratado  era uma homem simples, para viver era necessário implorar a caridade pública. O povo já o conhecendo dava-lhe uma ajuda que somado no dia a dia, dava para ajuda-lo na manutenção de sua existência. O José Manoel ou o Dez, sempre contava naturalmente pela pujança de seus músculos que era autêntico na capoeiragem de que fora especialista quando moço e, naturalmente se envaidecia cada vez que se referia ao que fora no passado, empavonado com suas histórias de braveza, dizia mesmo assim, nunca ter dado trabalho à policia o que naturalmente esperava conquistar a confiança popular.

Aquele homem corpulento, de passadas cambaleante, apoiado no cajado caminhava todos os dias pelas Ruas da pequena cidade onde todos os acolhiam escutando sua fala de que, nunca construiu inimizades porque nunca o fez, tinha muitos amigos de tempos passados quando, com este participou de companheirismo na sociedade. Houve ocasião em que o velho Dez ou José Joaquim, deu prova de suas força além de quebrar dez rapaduras, dispôs-se a comer dez melancias de regular tamanho, segundo consta na história pesando quatro quilos cada uma delas. A prova gastronômica do velho Dez, aconteceu na hoje Rua Machado de Assis, assistidos por curiosos que, achando valida a proeza, resolveram dar-lhe novo nome de velho Vinte, ao invés de Dez.

É mais uma história abrangida na vida de uma pessoa que deixou suas pegadas no mundo que viveu, prova inconteste de que, aquele que produz qualquer proeza passa para a lembrança das futuras gerações, sem dúvida constrói uma história que merece ser lembrada.