Uma Reforma Difícil

Gilmar, Temer, Rodrigo, Eunício

Nos últimos dias a reforma Política tem ocupado mais espaço na mídia. Na maioria das vezes, os jornalistas consideram o interesse dos parlamentares em apressar a aprovação da reforma por conta da Operação Lava-Jato. O objetivo seria blindar os políticos, sobretudo no que se refere ao Caixa 2.

Acontece que a importância em mudar as regras atuais da política preocupa não somente os detentores de mandatos eletivos. Foi o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, quem sugeriu a realização de encontro entre os presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado e ele próprio, do TSE. O encontro há seis dias com declarações dos participantes.

Gilmar Mendes disse na reunião que “houve coincidência de pontos de vista quanto a necessidade dessa reforma” e que haverá uma reunião com pessoas do TSE, da Câmara e do Senado para que “esses passos sigam rumo a algo mais concreto”.

Uma nota oficial divulgada após a reunião no Palácio do Planalto afirmou que a realidade pede mudanças “que levem a uma melhora expressiva na representação política nacional”.
“Alguns objetivos desses esforços devem ser desde já explicitados: 1) buscar a racionalização do sistema político; 2) redução dos custos das campanhas políticas; 3) fortalecimento institucional das legendas; 4) maior transparência e simplificação das regras eleitorais”.

NO TSE,em uma Corte com poucos ministros, há divergências quanto ao modelo a ser assumido. Entre os assessores da Presidência nem todos concordam com o rumo tomado pela discussão. Resta imaginar uma votação onde, na Câmara, 513 deputados terão que chegar a um acordo. Ou melhor, a maioria terá de concordar com a aprovação dessas mudanças.