Ubam aguarda incentivo internacional de U$ 21 milhões para projetos nos municípios

O Fundo Financeiro Internacional (FFI), instituído em 2008, pelo Japão, Canadá, Alemanha e Reino Unido, poderá injetar um montante de recursos no Nordeste do Brasil, através da União Brasileira de Municípios (Ubam), que apresentou, desde 2011, proposta de erradicação de efeitos nocivos ao meio ambiente, objetivando angariar verba do organismo estrangeiro para desenvolver programas e projetos ligados ao sistema municipal e consorcial de resíduos sólidos e esgotamento sanitário, alcançando um investimento inicial de 21,4 milhões de dólares, algo que chega a 85 milhões de reais.

Segundo o gestor do FFI, Wolfman Schacht, o Fundo não tem interesse de propagar suas atividades, no entanto, durante sua primeira visita ao Brasil, em setembro de 2012, constatou importante demanda que envolve o programa internacional de preservação do eco-sistema, principalmente nestes anos de aquecimento global, se fazendo extremamente necessário um maior investimento por parte das oito nações mais ricas do planeta, que formam o G8, as quais têm o interesse de diminuir a emissão de gases poluentes, a partir da mais adequada destinação aos resíduos sólidos e do fim de sistemas de esgotamento sanitário e lixo a céu aberto, além de lutar também pela diminuição da poluição gerada pelo setor industrial, tendo a China como um dos casos mais graves.

Segundo o presidente da Ubam, Leonardo Santana, a boa notícia, neste período de crise, é que os recursos serão disponibilizados através do Bank of London & Souh América, assim que forem enviados os dados de todas as cidades que serão contempladas, as quais terão a garantia da execução, capitaneada pela Ubam, a qual priorizará os municípios associados.

A União Brasileira de Municípios surgiu em 2005, apoiando entidades como a CNM e Frente Nacional de Prefeitos (FNP), na grande luta do setor pela reformulação do pacto federativo e o fortalecimento da administração pública municipal. Já apresentou várias propostas de emenda á Constituição, objetivando corrigir leis que tornam vulnerável a economia nos municípios de todo país, a exemplo da PEC 25, que propõe a destinação dos mesmos percentuais repassados aos estados, do total de tributos arrecadados e todo país. Propôs a criação da Zona Franca do Semi-Árido, que já foi aprovada nas principais comissões temáticas do Congresso Nacional.

O dirigente municipalista espera que esses recursos cheguem o mais breve, a fim de tornar possíveis investimentos não governamentais, já que, segundo ele, nada se pode esperar do governo da União.

“O governo da União trata as prefeituras municipais como se elas não fossem necessárias para a administração federal, embora sejam as que mais promovem o social, pois estão mais perto da população. Por isso, precisamos recorrer a qualquer tipo de investimento estrangeiro, considerando as riquezas dos paises emergentes, que se beneficiam de quase tudo que o Brasil produz, a preços muito baixos, se comparados aos que pagamos no mercado interno”.