Trio Marquise Branca- Wilson Bezerra de Moura

Isto pelo ano de 1929, precisamente 21 de abril, dia consagrado a Tiradentes, mártir da independência, voltaram-se as atenções do público mossoroense ao conjunto musical chamado de Trio Marquise Branca. Lauro da Escóssia, em sua coluna O Mossosoroense, no Passado, escrito em março de 1982, relata a beleza artística desse trio frente ao público amante da intransigente arte.

Tudo aconteceu no Cineteatro Almeida Castro, único existente naqueles anos de 1929, disponível a abrigar diferente apresentação musical, artística, teatral, capaz de arrancar admiração e aplausos dos amantes da música. O simpático conjunto, com sua ribalta, numa só apresentação ao público deixou pronta expectativa pelo show promovido no palco do Cineteatro Almeida Castro, pelo conjunto não só musical como artístico, que contava também em sua equipe com humoristas apresentando-se com repertório onde competiam duetos, outras mais atrações iluminaram a plateia com merecida admiração.

Então Marquise Branca, pela grandeza de expressão e naturalidade, imprimia pela interpretação de seus papeis no espaço musical comediante, arrancava aplausos do público e o colocava como exímio conjunto na figura de principal coadjutor artístico. Afonso Moreira era considerado excelente artista e arrancou do público boa aceitação popular, considerado autêntico artífice, agradando indistintamente a todos.

Fez parte desse conjunto, na condição de comediante, o conterrâneo J. Batista, que, mesmo não tendo experiência de palco, revelou-se um bom artista, promovendo na plateia a constante hilaridade com suas piadas. A destacável apresentação e a que mais trouxe desenvoltura ao trio foi a peça “Ciúme de Solange”, apresentação dos artistas Marquise e Moreira, que demonstraram com perfeição a modalidade mais grosseira na Arte de dançar.