Testes genéticos contribuem para diagnósticos e tratamento de câncer no mundo

60 mil casos de câncer tem um alto risco de desenvolver a doença por hereditariedade

Em 2013, a atriz norte-americana Angelina Jolie declarou ter realizado um exame que apontava um risco aumentado de desenvolver um câncer de mama, doença que ceifou a vida de sua mãe em 2007. Ela realizou um teste genético, que tem a função de detectar alterações no DNA que levam ao surgimento de tumores malignos antes do surgimento da doença.

Recentemente, Tahir Khan, de 44 anos, Sophia Ahmed, de 39 anos, e Omar Khan, de 27 anos, três irmãos britânicos, decidiram retirar o estômago após descobrirem serem portadores de um gene cancerígeno, fator considerado como um indício de predisposição maior ao risco de desenvolver futuramente um tumor no órgão.

Os irmãos foram submetidos à cirurgia após passarem por uma bateria de exames no Hospital Addenbrooke, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. A decisão ocorreu após a mãe e a irmã do trio falecerem em decorrência de um câncer de estômago.

De acordo com o INCA, o Brasil deve ter 600 mil novos casos de câncer em 2019. “Estima-se que entre 5 e 10% dos casos de câncer têm um forte componente hereditário, quando uma mutação transmitida de geração para geração é responsável por aumentar as chances de uma pessoa desenvolver a doença, afirma o Dr. Bernardo Garicochea, oncologista e especialista em genética do Centro Paulista de Oncologia – unidade de São Paulo do Grupo Oncoclínicas.

Ainda segundo o especialista, os testes genéticos são indicados apenas quando há um alto risco de mutações associadas ao histórico familiar em parentes próximos (mãe e/ou irmã) ou quando o indivíduo tenha apresentado tumores com idade inferior aos 50 anos.

“É importante que a paciente saiba que não basta ter o desejo de fazer o mapeamento genético. É preciso que um médico geneticista ou mastologista seja consultado previamente para que avalie a história familiar e, com base nisso, se necessário, gere um pedido médico para realização do exame laboratorial”, diz Garicochea.

A finalidade principal do exame genético é identificar mutações em alguns genes que ampliam as chances do paciente em desenvolver a doença. Para realizá-lo basta uma amostra de sangue ou saliva, através de onde é extraído o DNA do paciente que é lido por algoritimos específicos desenvolvidos por bionformatas para decidir se existe ou não mutações que podem estar associadas com o risco de câncer.

“Vale lembrar que se identificada a mutação, isso não significa que a pessoa necessariamente terá câncer, mas é um indício de que ela possui uma maior predisposição ao risco de desenvolver um tumor no futuro. Por isso, o teste genético é uma ferramenta que pode levar a uma indicação de realização de exames preventivos com maior constância”, finaliza o especialista.

Sobre o CPO

Fundado há mais de três décadas pelos oncologistas clínicos Sergio Simon e Rene Gansl, o Centro Paulista de Oncologia CPO – Grupo Oncoclínicas, oferece cuidado integral e individualizado ao paciente oncológico. Com um corpo clínico com mais de 50 oncologistas e hematologistas e uma capacitada equipe multiprofissional com psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, enfermeiros e reflexologistas. Oferece consultas médicas oncológicas e hematológicas, aplicação ambulatorial de quimioterápicos, imunobiológicos e medicamentos de suporte, assistência multidisciplinar ambulatorial, além de um serviço de apoio telefônico aos pacientes 24 horas por dia e acompanhamento médico durante internações hospitalares.

O CPO possui a acreditação em nível III pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a Acreditação Canadense Diamante (Accreditation Canada), do Canadian Council on Health Services Accreditation, o que confere ao serviço os certificados de “excelência em gestão e assistência” e qualifica a instituição no exercício das melhores práticas da medicina de acordo com os padrões internacionais de avaliação. A instituição possui uma parceria internacional com o Dana Farber Institute / Harvard Cancer Center, que garante a possibilidade de intercâmbio de informações entre os especialistas brasileiros e americanos, bem como discussão de casos clínicos. Além disso, ainda, proporciona a educação médica continuada do corpo clínico do CPO, com aulas, intercâmbios e eventos com novidades em estudos e avanços no tratamento da doença. Atualmente o CPO possui duas unidades de atendimento em São Paulo, nos bairros de Higienópolis e Vila Olímpia.

Sobre o Grupo Oncoclínicas

Fundado em 2010, é o maior grupo especializado no tratamento do câncer na América Latina. Possui atuação em oncologia, radioterapia e hematologia em 11 estados brasileiros. Atualmente, conta com mais de 60 unidades entre clínicas e parcerias hospitalares, que oferecem tratamento individualizado, baseado em atualização científica, e com foco na segurança e o conforto do paciente.

Seu corpo clínico é composto por mais de 450 médicos, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pelo cuidado integral dos pacientes. O Grupo Oncoclínicas conta ainda com parceira exclusiva no Brasil com o Dana-Farber Cancer Institute, um dos mais renomados centros de pesquisa e tratamento do câncer no mundo, afiliado a Harvard Medical School, em Boston, EUA.