Subsecretário de Segurança destaca que forças policiais não podem ser responsabilizadas por crimes dos jovens
Representando o Governo do Rio Grande do Norte na audiência pública realizada pela Câmara Municipal de Mossoró para discutir soluções para a segurança na cidade, o subsecretário de Segurança Pública e Defesa Social Raimundo Florêncio da Silva, apresentou um balanço de investimentos previstos para Mossoró e para o Rio Grande do Norte.
Segundo o subsecretário, o governador Robinson Faria tem encaminhado ações de curto, médio e longo prazo para amenizar o cenário de insegurança que atinge o Rio Grande do Norte.
Nesta quarta-feira o governador Robinson Faria solicitou ao Governo Federal que a Força Nacional se instale com equipes definitivas na cidade de Mossoró.
No sábado, 18, o Governador vira a Mossoró para lançar o programa Ronda Cidadã. “Será um projeto com ação especial, pautado na inteligência e em estatísticas”, destacou o subsecretário.
Na lista de investimentos a médio prazo o subsecretário destacou que estão em andamento tramites para realização de concursos.
“Nosso efetivo esta altamente defasado. Faz mais de dez anos que não temos concursos para nossas forças militares. O Governador já autorizou concurso para agentes penitenciários, policia civil, polícia militar, bombeiro e Itep”, destaca Raimundo Florêncio.
De imediato o Governo realizará concurso para bombeiros e agentes penitenciários, os demais concursos encontram-se em fase de estudo.
Além dos concursos. foram citados como investimentos para o segmento a instalação da rede digital de comunicação que ampliará e interligará o Ciosp entre as principais bases do Estado, a partir de convênio com o Banco Mundial que consumirá recursos das ordem de R$ 9 milhões.
Pelo RN Sustentável serão investidos R$ 5 milhões para a compra de viaturas e motocicletas, além de coletes balísticos e outros equipamentos.
O representante do Governo encerrou sua participação destacando a necessidade de mudanças sociais drásticas para minimizar o efeito da insegurança. Raimundo Florêncio apresentou uma declaração que resultou em polêmica.
“As forças de segurança públicas não podem ser responsabilizadas pelos crimes cometidos pelos jovens que estão desassistidos”, destacou Florêncio.
Apesar das opiniões uníssonas de que é necessário encaminhar soluções sociais que previnam a difusão do crime, o posicionamento do secretário foi encarado como um argumento que minimiza a importância das ações governamentais coibitivas.
A fragilidade nos investimentos tem apresentado um perfil consolidado por estatísticas que colocam o Rio Grande do Norte como um dos estados mais violentos do País.