Sobe para 16 o número de mortos em ataque suicida do EI no norte da Síria

Pelo menos 16 pessoas morreram, entre elas dois membros da coalizão internacional liderada pelos Estado Unidos, em um ataque suicida reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) cometido nesta quarta-feira na cidade de Manbij, no norte da Síria.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos detalhou que entre as vítimas há dois soldados da aliança antijihadista, mas não especificou sua nacionalidade, além de cinco combatentes sírios das forças aliadas à coalizão que controlam a região.

Além disso, nove civis morreram devido à explosão que aconteceu no restaurante Qasr al Umara, no centro de Manbij, segundo a ONG.

Além das vítimas mortais, há dez civis e um membro da coalizão internacional feridos, e vários deles estão em estado grave, razão pela qual o número de mortos pode aumentar nas próximas horas.

O Observatório acrescentou que helicópteros da coalizão sobrevoam a área de Manbij, depois que informou anteriormente que uma das aeronaves aterrissou na cidade para levar os corpos e os feridos.

Por sua parte, a coalizão internacional disse no Twitter que está a par das informações sobre uma explosão na Síria, mas não confirmou o ataque contra suas forças.

A aliança informou, por outro lado, que suas forças realizaram uma “patrulha rotineira na Síria hoje”, sem especificar se foi em Manbij.

Manbij estava sob o controle das Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada liderada por curdos e apoiada pela coalizão, embora os combatentes destas milícias tenham começado a se retirar da cidade depois de chegar a um acordo com o exército sírio.

O porta-voz do Conselho Militar de Manbij (vinculado às FSD), Shervan Derwish, disse na sua conta do Twitter que houve “uma explosão na movimentada rua do mercado de Manbij”, cidade onde a polícia russa também faz patrulhas, em virtude do acordo com Damasco.

O ataque de hoje é o primeiro que acontece desde que os EUA anunciaram, no último dia 19 de dezembro, a retirada das suas tropas do norte da Síria e depois que, no dia 11 de janeiro, começou o processo de retirada, segundo indicou à Efe o coronel Sean Ryan, porta-voz da coalizão internacional.

Agência EFE