Reflexões Teológicas – Ricardo Alfredo

APRENDIZADO  

“Diante de tudo… eu sou um milagre.” (Escritor: Ricardo Alfredo)

 

 

PENSAMENTO I

“Eis um segredo… Quando menos se esperar, voarei ao encontro do meu Senhor e Rei, e lá, terei descanso, deste mar de provações”. (Escritor: Ricardo Alfredo)

 

 

REFLEXÃO: Relativismo um mal deste século

A formação acadêmica e cultural popular de um ser humano, de forma direta ou mesmo indireta, interfere em suas opiniões e conceitos. Os prévios conhecimentos do tema e as influências recebidas, estão sempre presentes em sua trajetória. Todavia, um coração que busca a compreensão e a sabedoria tem um leme que leva seu banco no rumo do saber. E nesta caminhada, a observação é fator determinante, visto que, os conceitos modernos tem de forma direta influenciado na vida social. E deste este, está o conceito de relativismo do viver. Sendo assim, O profeta Isaias lança luz sobre o relativismo vindouro ao declarar: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que põem as trevas por luz, e o amargo por doce, e o doce por amargo.” (Isa. 5:20).

 

A sociedade pós-moderna vem sendo sufocada pela imposição do relativismo moderno. E silenciosamente vem aceitado, visto que sua roupagem é a falsa ideia de humanismo. Em qualquer pesquisa ao assunto, encontramos conceitos apropriados ao tema, e no dicionário de Aurélio Buarque de Holanda, é apresentado de forma assertiva o significado deste vocábulo: diz o dicionário: “teoria filosófica que se baseia na relatividade do conhecimento”.

 

Por outro lado, dentro de uma linguagem mais popular, o conceito ao relativismo é: “Relativismo é uma corrente de pensamento que questiona as verdades universais do homem, tornando o conhecimento subjetivo”.

 

Todavia, há um axioma de sabedoria popular, que afirma: “Isso é relativo!” Embora tenha uma aparência inofensiva, essa afirmação, vem nos trazer a lembrança do gênio e descobridor da relatividade física Albert Einstein, sugere-nos que não há verdades absolutas. No campo da física é possível sim pois os conceitos são meramente humanos de observação e repetição em laboratórios. Entretanto, o relativismo vivido na esfera dogmática do campo das ciências religiosas não pode e não deve ser acatado nem visto com bons olhos, pois eles, quando aceitos, nos remetem a episódios históricos profundamente lastimáveis. Entre eles, está holocausto, visto apenas em sua época como assunto de guerra, o que na verdade, era o massacre de um povo.

 

Do ponto de vista histórico, a ideia do relativismo provém dos sofistas, antigos gregos, que construíram uma corrente denominada de Relativismo Moral, e foi a partir dessa interpretação que eles introduziram na ideia coletiva a moralidade e sua importância para a metodologia de edificação do conhecimento.  Mais tarde, essa metodologia, criou a ideia de bem e mal. De forma prática, o conceito de bem e mal foi brotando como: O bem é aquilo que é socialmente aceito, enquanto tudo o que sai da curva de moralidade aprovada é tido como mal.

 

E é a partir dessa ideia do bem e do mal, que o relativismo religioso passou a transpor o relativismo moral, visto que o conceito de bem e mal passou a ser questionado dentro da visão religiosa. É justamente desta introdução da ideia de que tudo é relativo, que surge o questionamento da palavra viva, das sagradas letras, como única e verdadeira. Nem mesmo as interpretações extra bíblicas, foram poupadas das avassaladoras críticas sociais e cientificas sem fundamentos.

 

O relativismo, ideia dos sofistas, passou a influenciar o mundo todo, e alcançou todas as esferas da conduta humana, como: moral, social e religiosa. Já no mundo acadêmico, passou a ser pressuposto filosófico em relação ao antigo código de ética vigente. Porem, essa mudança criou a teoria da flexibilidade estimula, o que gerou o abandono de valores históricos e sólidos, em detrimento de valores superficiais, e, passo a passo, foram agregados ao comportamento social, o que desencadeando diversos conflitos existenciais.

 

O relativismo é tão avassalador, que o apóstolo Paulo prever profeticamente os últimos dias desta flexibilidade, ao afirmar: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus”, (2 Timóteo 3:1-4).

 

No entanto, a passo de ganso, testemunhamos a ruina da sociedade moderna e sua forma dogmática que é impenitente, do cada um por si. Sendo este o fator que levou a crise de existência e a crise ética. Valores corrompidos, que contaminou o cristianismo de forma hodierna e atemorizante, a ponto de danificar o corpo de Cristo, que é sua igreja.

 

Ao longo dos dias, temos visto, e ouvido e presenciando, em todo mundo, o colapso teológico que as diversas religiões têm sofrido, e pior, a infiltração, de forma sutil, de normas de conduta que não são bíblicas, assim como preceitos e conceitos destrutivos, os quais, apenas aviltam a verdadeira identidade da Igreja e perverte a natureza de sua sublime missão, originando uma assustadora permissividade do tudo pode.

 

As religiões, última barreira, têm ficado cada vez mais distantes das Escrituras. Seus pastores, padre, bispos e os seus ministérios dão ares de confusos; inábeis ao discernir entre o que é certo ou errado; oscilam diante de assuntos nitidamente tratadas pela Bíblia, como a justiça social ou a conduta do cristão na sociedade. Assim como no período do profeta Isaías, onde o povo andava as cegas, estamos vivendo o mesmo colapso e por isso o profeta exclama em alto tom: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que põem as trevas por luz, e o amargo por doce, e o doce por amargo.” (Isa. 5:20).

 

Diante do novo conceito de relatividade, a permissiva aflorou na época do profeta Isaias, ao qual deu nascimento à apostasia. Já em seu tempo, o apóstolo Paulo, prevendo dias difíceis doutrinou: … “Que nos últimos dias, muitos apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios.” (I Tm 4:1).

 

É visível, em nossos dias o cumprimento profeto do apostolo Paulo, pois a sombra da apostasia tem encontrado, porém verdadeiro vaticínio do apóstolo, seu inevitável cumprimento! E assim, tem sido crescente o numero de pessoas que antes eram ditos cristão, a enveredares pelo caminho da heresia que termina nas tendas das seitas. E, quando não são atraídos pelas seitas enveredam por ensinamentos anti-bíblicos, como a Teologia da Prosperidade ou Confissão Positiva e o Legalismo, entre outros.

 

O relativismo foi, é, e sempre será, um perigo para a fé cristã. Visto que vem colonizando, doutrinariamente toda a sociedade moderna. E levando as igrejas, patrimônio de Deus, a caminhos desconhecidos e tortuosos.

 

Portanto, em nosso tempo, a verdade tem sido relativizada, e ao mesmo tempo, desprezada e atacada. Todavia, o sábio Salomão aconselha: “compra a verdade e não a vendas”. É neste porto que a igreja, cristandade atual, deveria combater o relativismo, sendo “coluna e baluarte da verdade”, mesmo que custasse a vida terrena e sobreviessem as lutas espirituais do desprezo social. E assim cumpriria a sua missão, que pregar a verdade e proteger os fracos.

 

AVISO

“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que põem as trevas por luz, e o amargo por doce, e o doce por amargo.” (Isa. 5:20).

 

CONVITE ANIVERSÁRIO

 

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POLÍTICA

A fronteira entre a política e fé.

Quando tratamos de politicas partidária ou não, devemos ter em mente as seguintes perguntas: Qual a missão da Igreja nos assuntos temporais? A Igreja tem o direito de intervir? Em que nível? Distingue-se aqui a fronteira entre o que pertence a César e o que é de Deus.

Nos assuntos temporais, a Igreja foi ordenada por Cristo para a missão apostólico: “ide, pois, e ensinai a todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28: 19,20). E dentro dessa missão, a doutrina celeste e as atividades do Reino de Deus na terra, deveriam ser apostólicas e proféticas, e assim a igreja contribuiria para os assuntos temporais, ensinando o justo proceder nos assuntos terrenos.

A missão da igreja deve ser especialmente espiritual, como: a pregação do Evangelho, a administração dos assuntos doutrinários e a oração. Em segundo plano está assistência aos necessitados, o qual foi ensinado pelo próprio mestre (Jesus Cristo).

Outro fator importante na incumbência da igreja é a independência em sua missão. Essa independência deve estar relacionada ao caráter político e econômico. Pois é impossível, se pensa em Estado e Igreja, sem ser tecnicamente separar as funções desenvolvidas por cada parte, ainda que alvo seja o mesmo.

Quando tratamos diretamente do assunto Estado, podemos afirmar que a função do deste deveria ser sociabilidade e o bem comum. Todavia, num olhar mais aprofundado é possível contemplar o estado também analisado tanto a parte material como a espiritual, pois o ser humano não é apenas material mais também espiritual, corpo e alma e quando apenas uma é cuidada a outra perecerá.

O progresso humano requer todos os meios materiais possíveis, porem o meio espiritual é indissolúvel deste progresso visto que nele encontramos: a paz, a ordem, a justiça, a liberdade, a segurança etc. Bens que estão ligados às virtudes da alma.

Como a igreja não possui poder politico e nem o estado é detentor do pode eclesiástico as duas se ajustam em seus papéis e ações, o que favorece a liberdade religiosa e social.

Dentro deste ajuste surgem dois importantes direitos, que são: a liberdade religiosa, que é a imunidade de perseguição por parte do Estado e o direto em relação à atuação no campo social. E estes dois direitos além de promove à liberdade, cria a responsabilidade politica dos cidadãos.

Em última análise, é preciso dizer que a religião e a política são detentoras de orientação e encaminhamento humano nas atividades sociais, pois o homem religioso e o homem político (cidadão) se fundem na mesma pessoa, e é chamado para cumprir seu deve com ambos. Além de seus deveres sociais, econômicos e políticos. No entanto, os que confessam uma fé devem aprender a separar com cuidado os direitos e deveres em relação à igreja e ao estado social.

Na relação igreja e estado, surge a ideia da escolha do político ideal o qual deve ser alguém que acredite no patriotismo e tenha apresentado trabalhos em favor dos mais necessitados, e que tenha a coragem de lutar contra todas as formas de corrupção no sistema político.

Portanto, a relação entre a Igreja e o Estado deve ser distinguida pela separação e união em pontos relevantes para construção de um ser humano, humanizado. E dentre está relação há três pontos fundamentais que são: acolher a vivência de uma esfera ética dentro da política; distinguir a missão da religião e da política; beneficiar e colaborar para que âmbitos tenham sucesso.

 

 

DAS MAIS BELAS CANÇÕES CRISTÃS

RENOVA-ME

Voz da Verdade

Senhor venha mudar, mudar meus pensamentos

Restaura os meus sonhos e meus sentimentos

Vem encher o vaso, é o que eu mais quero

Por onde tenho andado sempre estás por perto

Vem encher o vaso, é o que eu mais quero

Por onde tenho andado sempre estás por perto

Renova-me Senhor, venha curar as minhas feridas

Eu quero ser melhor, renova-me Senhor. Renova-me Senhor

 

 

PENSAMENTO II

“As pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo”. (Epicuro)

MISSIONÁRIO RALBÉRICO MARQUES SERÁ EMPOSSADO NA AD EM JAPI

 

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O Missionário Ralbérico Marques será empossado dia, (31) de agosto na Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Japi-RN, Campo Eclesiástico da IEADERN de Santa Cruz.

Pr. Ralbérico Marques é recém-chegado do campo missionário rio de Cumaná na Venezuela, ele substituirá seu pai Pr. Albérico Marques, que será empossado no DEPEM – departamento de evangelismo e missões, deverá ser um momento singular ocorrido na IEADERN  a transição de pastorado de igreja de pai para filho. (Fonte: http://www.cleitonalbino.com/)

GIRO BRASIL

1- 2020 é nomeado o ‘Ano da Bíblia’ para evangélicos em todo…;

2- Igreja batista frequentada por Deltan Dallagnol foi sede de movimento que…;

3- Sargento Isidório é obrigado a publicar pedido de desculpa para Daniela…;

4- Juiz chama cristãos de apóstatas e diz que Bíblia foi fabricada;

5- Líder de adoração da Hillsong abandona a fé cristã;

6- Projeto de lei quer transformar novelas bíblicas em patrimônio cultural;

7- Ações sociais da Igreja Universal ocupam espaços ignorados pelo poder público;

8- Pastor é arrastado da reunião de oração e espancado na Índia;

9- Organização cristã e 300 igrejas se unem para combater o Ebola,…;

10- Ideologia de gênero é coisa do capeta, diz Bolsonaro na Marcha…

BOLSONARO DESCARTA NOVAS TAXAS PARA IGREJAS EVANGÉLICAS

 

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Em mais um aceno à igreja evangélica, o presidente Jair Bolsonaro descartou nesta quarta-feira (7) a criação de novas taxas e defendeu maior simplificação na prestação de contas de templos religiosos.

Nesta quarta-feira (7), ele discutiu o assunto com o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, e com o missionário R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus. Mais cedo, teve uma audiência com o deputado federal Marco Feliciano (Pode-SP) e, no início da tarde, almoçou com a bancada evangélica.

“Tem uma dúvida muito grande da Constituição Federal quando fala de isenção de impostos. Então, esse assunto vem sendo discutido com vários setores da sociedade. Essa que é a intenção nossa: é discutir esse assunto. E se chegarmos à conclusão que tem amparo legal para você acabar com alguma taxa, então acaba”, disse.

A reforma tributária preparada pela equipe econômica prevê um novo tributo sobre pagamentos, que substituiria a contribuição previdenciária sobre os salários. A ideia é que ele fosse pago também por templos religiosos, hoje isentos.
O presidente ressaltou que é preciso “descomplicar” as contas das entidades e que “ninguém aguenta” que cada templo religioso tenha um contador particular. Em junho, o governo federal editou normas que flexibilizaram as prestações de contas.
A primeira estabeleceu que organizações religiosas que arrecadem menos de R$ 4,8 milhões sejam dispensadas de apresentar Escrituração Contábil Digital (ECD). Antes, esse teto era de R$ 1,2 milhão. A segunda dispensou de CNPJ os estabelecimentos de organizações religiosas que não tenham autonomia administrativa.
“Não pode cada igreja tem que ter um contador, ninguém aguenta isso”, disse Bolsonaro. “Sim, chega de taxar os outros”, ressaltou.

Os evangélicos representam um dos principais grupos de apoio do presidente, de acordo com pesquisa Datafolha. Dentre aqueles que dizem ter essa religião, 41% aprovam o governo do militar reformado. Ante 30% dos católicos e 25% dos sem religião.  (Fonte: Gustavo Uribe – Folha de S. Paulo)

ACONTECEU (CONVITE – AFLAM)

 

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A escritora Dulce Cavalcente, que é da Academia Feminina de Letras e Artes Mossoronese, nesta sexta feira fez a defender do seu patrono ao realizar o elogio a Cora Coralina. Estive presente foi linda a presentação. Parabens.

 

PENSAMENTO III

“O prazer de fazer o bem, é maior do que recebê-lo”. (Epicuro)

LIÇÕES DA VIDA:

O Sábio

Quem faz depender de si mesmo, se não tudo, quase tudo o que contribui para a sua felicidade, e não se prende a outra pessoa, nem se modifica de acordo com o bom ou o mau êxito da sua conduta, está, de facto, preparado para a vida; é sábio, na verdadeira acepção do termo, corajoso e temperante. (Platão, in ‘Menexeno’)

PENSAMENTO IV

“Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado”. (Platão)

LANÇAMENTO DO SÁBIO DO SERTÃO

 

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Prof. Dr. Benedito Vasconcelos Mendes é a historia viva do nordeste, assim como é um patrimônio da cultural Nacional. E nessa caminhada de ensina e aprender tem nos presenteado com mais um livro. Parabéns professor!

CANÇÕES ETERNIZADAS

Canteiros – Fagner

Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade

Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento

Pode ser até manhã
Cedo, claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem
Me faz sentir alegria

Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza

E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida
Pois senão chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida

Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza

E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida
Pois senão chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida

PENSAMENTO V

“Eu digo sempre que das três virtudes teologais chamadas, eu sou fraco na fé e fraco na qualidade, só me resta a esperança. Eu sou o homem da esperança”. (Ariano Suassuna)

 

POEMAS – CLÁSSICOS DAS POESIAS

A Máquina do Mundo

E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco

se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas

lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,

a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.

Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável

pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar

toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.

Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera

e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,

convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas. (Trecho de A Máquina do Mundo, de Carlos Drummond de Andrade).

PENSAMENTO VI

“Eu jamais guardei rancor, pois sempre amei… Amei com a alma”. (Ricardo Alfredo)

CONVITE – ACADEMIA DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS DE MOSSORÓ – ACJUS

 

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PENSAMENTO VII

“Com o tempo, você vai percebendo que, para ser feliz, você precisa aprender a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você”. (Mário Quintana)

GOVERNADORA RECEBE REPRESENTANTES DO EVENTO DA MACHA PARA JESUS

 

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A governadora Fátima Bezerra recebeu em audiência na tarde de quarta-feira (7) os organizadores do evento Marcha para Jesus no Rio Grande do Norte.

Inicialmente o grupo apresentou os motivos para realizar o evento que está previsto para acontecer no dia 5 de outubro, em Natal.
O deputado estadual Albert Dickson destacou a importância de resgatar a marcha, que há três anos não acontece mais no Rio Grande do Norte, e que o evento tem uma função que vai além do louvor, tem um caráter social. “Muito mais do que congregar a comunidade evangélica em adoração a Jesus, a marcha também realiza uma campanha de arrecadação de alimentos que serão doados posteriormente a famílias carentes de Natal”, disse.
Após apresentação do cantor gospel Miqueias, a governadora Fátima Bezerra recebeu de presente uma bíblia e uma camiseta do evento. Os organizadores também solicitaram apoio institucional do governo e convidaram a governadora para participar do evento.
Com uma mensagem bíblica, a governadora Fátima Bezerra agradeceu a presença de todos e ressaltou a atuação do deputado Albert Dickson como forte liderança do segmento evangélico. Fátima também confirmou o apoio institucional pedido pelos pastores.
“Estamos dialogando com a organização para definir como será dado esse apoio. Além disso, o governo também vai assegurar estrutura de segurança e atendimento em saúde, para garantir que esse evento seja realizado da forma mais tranquila possível. Porque o que estamos precisando no mundo é de mais amor ao próximo, mais solidariedade e mais justiça social”, afirmou a governadora e concluiu: “Quero estar presente no dia da marcha, para louvar junto com vocês”.
O evento está previsto para acontecer no dia 5 de outubro. A expectativa é reunir 20 mil pessoas de 80 denominações protestantes do estado. A Marcha deve contar com atrações locais e nacionais, como bandas e cantores gospel, em trios elétricos. (Fonte: http://www.cleitonalbino.com/)

 

NOTA:

Nesta quinta ocorrerá votação o para os novos membros da AMOL – Academia Mossororense de Letras. Vários nomes estão no pleito. Boa sorte a todos.

 

ACJUS PROMOVE EM AGOSTO UM INESQUECÍVEL EVENTO

 

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A Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró – ACJUS – orgulho da cultura mossoroense, dando continuidade ao calendário acadêmico de 2019 – realizará em breve um grande evento aqui em Mossoró.  Será no dia 23/08/2019, a partir das 19h, no auditório da OAB – Mossoró-RN, quando em mais uma etapa do Projeto Memória Acadêmica – Trajetórias – teremos uma Sessão Solene de cronologia e em Tributo a confreira MARIA HÉLDERI DE QUEIROZ DIÓGENES NEGREIROS – inesquecível e preclara associada que foi a primeira ocupante da cadeira 32.

Na presente sessão, a acadêmica MARIA CONCEIÇÃO MACIEL FILGUEIRA – segunda ocupante da citada cadeira, proferirá em sintonia com as normas regimentais em nome do nosso sodalício exaltação a   homenageada.

Sobre a professora e Dra. MARIA HÉLDERI DE QUEIROZ DIOGENES NEGREIROS- in memoriam, quando do seu passamento para o Oriente Eterno, disse o acadêmico FRANCISCO MARCOS ARAÚJO (cadeira 29):

“Foi acolhida hoje no Reino dos Céus, depois de 75 anos iluminando a terra, a amada Profa. Maria Hélderi de Queiroz Diógenes Negreiros. Embora o vínculo familiar direto seja restrito ao esposo Vassimon de Queiroz Negreiros, às filhas Valéria, Liane e Eliene, e aos seus quatro netos, a extensão dos que a ela se ligam por afeto, sentindo-se como se filhos fossem, contam-se em centenas e/ou milhares.

O pesar não é pela perda de uma colega, de uma amiga, da professora… A dor é por orfandade mesmo! Perdemos uma mãe! A Professora Hélderi foi mãe profissional de dezenas de professores da Faculdade de Direito, indistintamente de suas idades. Na UERN, fomos seus alunos de antanho, hoje (também por seu mérito!) colegas professores, mas filhos adotivos in perpetuum.

É fato sabido que a experiência da vida humana cumpre-se sob a influência de três paradoxos: o da subjetividade, o da liberdade e o do tempo.

Na ordem invertida, começando pelo tempo, a Profa. Hélderi marcou indelevelmente a história da UERN. Ela foi uma das primeiras alunas do Curso de Direito da antiga Fundação. Ingressou no ano de 1976, formou-se em 1981 e foi sua primeira professora já em 1982. Vanguardista, mudou de aluna para professora de um ano para o outro. Naquela época, a cátedra nas Faculdades de Direito era ambiente hostil às mulheres. Equiparou-se em pioneirismo às paulistanas Esther de Figueiredo Ferraz e Ada Pellegrini Grinover, e à pernambucana Bernadete Neves Pedrosa.

No campo da liberdade, ninguém foi mais autentica, livre em ação e pensamento do que ela. Eram suas características marcantes: a franqueza no diálogo; a posição intimorata e o destemor da voz elevada mesmo diante de homens sisudos; a posição mediadora, porém resoluta de quem determinava; o desejo permanente de manter uma organização mínima na FAD, contra um insurreto grupo de desorganizados e impontuais jovens professores, entre outros feelings. Talvez tenha sido eu quem mais tenha lhe dado trabalho quanto a falta rigidez de horários, entrega de diários etc, Firme no conselho do poeta florentino Dante Alighieri (“Contra razão melhor, razão não luta” – contra niglior voler, voler mal pugna), sempre fui vencido pela sua racional autoridade profissional e aconselhamento materno.

Quanto à sua dimensão humana subjetiva, Heidegger ensinava que é no espaço público que demonstramos a forma de “ser-uns-com-os-outros em nosso estar-relacionado com as coisas que nos encontram”. Frase complicada apenas para dizer que as interações sociais é quem validarão o prestigio e o respeito que a comunidade lhe terá. Nesse ponto, ela foi “Doutora”. Soube se relacionar tão bem com todos que, num ambiente onde sobejam vaidades tolas, ela era a única unanimidade. O poeta britânico Alexander Pope dizia que “encantos impressionam a vista, mas o mérito ganha o coração” (Charms strike the sight, but merit wins the soul). E era somente por absoluto mérito que a Professora Hélderi tinha a designação semiperpétua dos cargos de Chefe de Departamento e Diretora da Faculdade de Direito. Foi nessa paradoxal condição de chefe que ganhou a admiração e a estima de todos nós. Talvez tenha sido o que mais tenha lhe dado trabalho

No campo pessoal, encarnava uma porção chic e uma versão pop. Vestia-se pomposamente para grandes eventos, como poderia colocar apenas sandálias de dedo e pareceria sempre a mais elegante e bela do lugar. É porque, como dizia o bardo Shakespeare “a beleza nos parece ainda mais bela quando a virtude, doce e amável, a ornamenta.”  (Soneto LIV). Por graça, sempre brincávamos em tocar seus cabelos perfeitamente gomalinados e armados com laquê, fazendo tiradas na comparação da “armadura” com a cabeleira da atriz Aracy Balabanian.

Tinha ciência e proficiência como advogada e docente, mas também sabia ser dona de casa. Coordenava pessoalmente as atividades de casa, especialmente para cuidar zelosamente do esposo Vassimon, seu eterno príncipe. Neste século do feminismo arrogante que não permite a convivência das duas personalidades (a mulher profissional e a dona de casa), como se fossem comportamentos excludentes, ela mandava às favas esse divisionismo de competências e a episteme feminista monocular que incensa a mulher somente pela sua ocupação profissional.

Tinha a sabedoria do coração alimentado pelo vetor da maternidade, acolhendo a todos com singeleza e a particularizada atenção humanizada. Com sutileza e grandeza de espírito evocava sobre todos nós, os seus comandados, simplicidade, amor e amizade. Ela se foi. Deixou aqui muitos órfãos. Foi mãe funcional. Ensinou que a maternidade adotiva funcional é fruto da disponibilidade para a compreensão, tolerância na diversidade, entendimento sem genuflexão, acolhimento, e, sobretudo, a fixação de uma linguagem de amor. Foi ela quem nos ensinou que a vida revela-se no amor; a paz revela-se no amor; a simplicidade revela-se no amor; a humildade revela-se no amor; a verdade é o puro amor.

Com o seu trabalho operoso, vivaz, sereno, daquilo que todos conhecemos de seu coração, a Professora Hélderi sempre será para nós aquilo que o tempo é para a eternidade: perene, inesgotável, perpétuo.

Com a voz embotada, coração enlutado, lágrimas nos olhos e tristeza na alma, nessa hora só podemos dizer: Requiescat in pace, in perpetuum mãe Hélderi!

Marcos Araújo é Advogado – Mestre em Direito Constitucional Professor da Universidade do Estado do Rio Grande do norte.

 

ACADEMIA MOSSOROENSE DE LETRAS – AMOL

 

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4º Concurso de Contos, Crônicas e Poesias

“João Batista Cascudo Rodrigues” – 2019

Inscrições até

25 de outubro de 2019

Os trabalhos serão entregues diretamente ou enviados pelos correios para Academia Mossoroense de Letras – AMOL, na Sala 01, da Biblioteca Ney Pontes Duarte, Praça da Redenção Jornalista Dorian Jorge Freire, nº 17 – CEP 59.600 – 780, Centro – Mossoró/RN.

Academia Mossoroense de Letras

Praça da Redenção, nº 17 – Centro – Mossoró/RN – 59600-065 Fundada em 25 de setembro de 1988

Fundada em 1988, a Academia Mossoroense de Letras – AMOL, em homenagem ao seu sócio fundador (in memoriam) “João Batista Cascudo Rodrigues”, torna público o Edital nº 01/2019, referente ao 4º Concurso de Contos, Crônicas e Poesias “João Batista Cascudo Rodrigues”, constante do seguinte

REGULAMENTO:

  1. Os candidatos podem concorrer com 01 (hum) texto de conto e/ou 01 (hum) texto de crônicas e/ou de poesia.
  2. Os textos deverão ser originais, isto é, nunca terem sido anteriormente publicados em jornal, revista ou livro, ou mesmo veiculados pela Internet ou quaisquer outros meios de comunicação.
  3. Os trabalhos deverão ser inscritos em português, com tema livre, digitados em papel A4, em uma só face do papel, enviados em 04 (quatro)
    • Só poderão concorrer autores norte-rio-grandenses, que residam em território do Rio Grande do Norte.
  4. Os contos e crônicas terão limite máximo de 15 (quinze) páginas e as poesias em no máximo 4 (quatro) páginas, em letra 12, fonte Arial, espaço 1.5.
  5. Cada texto deverá ser identificado apenas pelo título e pseudônimo, não podendo constar, de ne- nhuma forma, algo que identifique o seu
  6. Os textos de conto, crônica e de poesia deverão estar contidos em um só envelope e com um mes- mo pseudônimo, além de uma cópia em
    • Este envelope será acompanhado por um outro menor, lacrado, que terá na parte externa a indica- ção “4º CONCURSO DE CONTOS, CRÔNICAS E POESIAS JOÃO BATISTA CASCUDO RODRIGUES – AMOL”, título do trabalho e o pseudônimo do autor.

Os trabalhos serão avaliados por uma Comissão Julgadora, composta por pessoas com amplo conhecimento, experiência e saber em literatura.

  • A Comissão Julgadora será composta de 5 (cinco) membros, escolhida pela Direção da Academia Mossoroense de Letras – AMOL, podendo serem membros da Academia ou
  • Esta Comissão Julgadora terá plena e total autonomia na apreciação e julgamento dos textos apresentados, que deverão ser regidos pelos princípios de originalidade, técnica e arte literária.
  • A decisão da Comissão Julgadora terá caráter irrevogável.
  1. Serão premiados os 2 (dois) (primeiro e segundo lugares) melhores trabalhos, em cada categoria, recebendo os vencedores, os seguintes prêmios:

1º Lugar: – Conto – R$ 1.000,00 (mil reais) mais certificado;

1º Lugar: – Crônica – R$ 1.000,00,00 (mil reais) mais certificado;

1º Lugar: – Poesia – R$ 1.000,00,00 (mil reais) mais certificado;

2º Lugar: – Conto – R$ 500,00 (quinhentos re- ais) mais certificado;

2º Lugar: – Crônica – R$ 500,00 (quinhentos reais) mais certificado;

2º Lugar: – Poesia—R$ 500,00 (quinhentos reais) mais certificado.

  • Menções honrosas:

Além dos 2 (dois) primeiros lugares, haverá 5 (cinco) menções honrosas, que receberão os seguintes certificados.

  • Os trabalhos ganhadores serão publicados pela Coleção Mossoroense, em formato de coletânea.
  • Cada ganhador, e os que foram agraciados com menções honrosas, receberão, respectivamente, 10 (dez) e 5 (cinco)
  • Os concorrentes, ao se inscreverem no concurso, cedem todos os direitos autorais de veiculação e divulgação dos respectivos textos à Academia Mossoroense de Letras –
  • É vedada a participação dos membros da Academia Mossoroense de Letras, como
  1. Os trabalhos serão entregues, diretamente, ou enviados pelos correios, para a Academia Mossoroense de Letras – AMOL, Biblioteca Ney Pontes Duarte, Praça da Redenção Jornalista Dorian Jorge Freire, nº 17, Centro, Mossoró/RN, CEP: 59600-780.
    • Quando enviados, serão validados apenas os trabalhos contendo carimbo dos correios, até 31/08/2016, trinta e um de agosto de dois mil e dezes- seis.
    • A comunicação dos resultados do concurso será feita no final de setembro e a premiação posteriormente.

Mossoró/RN, 10 de julho de 2019.

Elder Heronildes da Silva Presidente da AMOL

 

PENSAMENTO VIII

“O temor do SENHOR é o princípio do conhecimento”. (Prov. 1.7)

REFLEXÃO

Salmos 10 – dias de clamor

Em primeira análise, o Salmo 10 é um complemento do salmo 9. A junção destes dois salmos dá origem a Septuaginta, que é a antiga tradução grega das Escrituras hebraicas. A ideia central do salmista é demonstrar que o Senhor dar a justa medida aos inimigos ímpios. Este salmo revela urgência. O salmista clama ao Senhor para ser libertado dos inimigos.

O Salmo 10 está dividido nas seguintes partes teológicas:

(1) questionamento da inação do Senhor (v. 1,2);

(2) descrição dos atos dos ímpios (v. 3-11);

(3) novo clamor para o Senhor iniciar seu julgamento (v. 12,13);

(4) profissão de fé no juízo do Senhor (v. 14,15);

(5) apresentação de louvor ao Deus Rei (v. 16-18).

Por que estás ao longe, SENHOR? Por que te escondes nos tempos de angústia?

Os ímpios na sua arrogância perseguem furiosamente o pobre; sejam apanhados nas ciladas que maquinaram.

Porque o ímpio gloria-se do desejo da sua alma; bendiz ao avarento, e renuncia ao Senhor.

Pela altivez do seu rosto o ímpio não busca a Deus; todas as suas cogitações são que não há Deus.

Os seus caminhos atormentam sempre; os teus juízos estão longe da vista dele, em grande altura, e despreza aos seus inimigos.

Diz em seu coração: Não serei abalado, porque nunca me verei na adversidade.
A sua boca está cheia de imprecações, de enganos e de astúcia; debaixo da sua língua há malícia e maldade.

Põe-se de emboscada nas aldeias; nos lugares ocultos mata o inocente; os seus olhos estão ocultamente fixos sobre o pobre.

Arma ciladas no esconderijo, como o leão no seu covil; arma ciladas para roubar o pobre; rouba-o, prendendo-o na sua rede.

Encolhe-se, abaixa-se, para que os pobres caiam em suas fortes garras.

Diz em seu coração: Deus esqueceu-se, cobriu o seu rosto, e nunca isto verá.

Levanta-te, Senhor. Ó Deus, levanta a tua mão; não te esqueças dos humildes.

Por que blasfema o ímpio de Deus? dizendo no seu coração: Tu não o esquadrinharás?
Tu o viste, porque atentas para o trabalho e enfado, para o retribuir com tuas mãos; a ti o pobre se encomenda; tu és o auxílio do órfão.

Quebra o braço do ímpio e malvado; busca a sua impiedade, até que nenhuma encontres.

O Senhor é Rei eterno; da sua terra perecerão os gentios.

Senhor, tu ouviste os desejos dos mansos; confortarás os seus corações; os teus ouvidos estarão abertos para eles;

Para fazer justiça ao órfão e ao oprimido, a fim de que o homem da terra não prossiga mais em usar da violência.

 

10.1, 2 — Por que te conservas longe são palavras clássicas de lamento ou luto (SI 13.1-3). Conforme o salmista vai vendo as atitudes do ímpio, vai se irando contra a perversidade e questionando como Deus pode continuar apático e inativo. Mas, mesmo com suas dúvidas, continua a orar ao mesmo Deus que pode libertá-lo de seus problemas.

10.3, 4 — Todas as suas cogitações são: Não há Deus. Para o salmista, este é o aspecto mais difícil das circunstâncias (SI 14.1). Seus inimigos ímpios conseguem, sem pensar em Deus, orgulhar-se de si próprios. Viram a realidade de cabeça para baixo, adorando o mal e maculando Deus.

10.5,6 — Somente os que usam a Palavra de Deus como seu arrimo de confiança podem dizer com certeza: Não serei abalado (SI 15.5). O ímpio que perdeu toda noção de Deus presume que pode usar essas mesmas palavras. No entanto, acabará por ser varrido pelo turbilhão de problemas deste mundo (Pv 10.25; Mt 7.24,27).

10.8,10 — Nos lugares ocultos. O salmista vê os perversos como opressores. Parecem-se com feras à espreita, prestes a atacar suas presas.

10.11 — Deus esqueceu-se. Os perversos comportam-se perversamente porque duvidam que o Senhor conheça, importe-se ou vá agir contra seus atos. Querem crer que não haverá juízo final; então se sentem livres para fazer as coisas ao seu jeito. Porém, a verdade é que Deus irá impor a justiça (v. 14,15).

10.12,13 — Levanta-te, Senhor. O salmista renova a conclamação ao Senhor para que atue (SI 9.19,20).

10.14,15 — Tu o viste é uma profissão de fé em Deus clássica dos salmos de lamentação. Deus sabe da situação; Ele a vê; e agirá sobre ela. Deus protege aqueles que, como o órfão, não têm outra proteção (SI 27.10). Quebranta o braço. Tal como em 3.7, é um chamado a Deus para que destrua o poder do ímpio. Essa maldição impetuosa contra o ímpio demonstra a justiça divina.
10.16,18 — O Senhor é Rei. Estas palavras sugerem que os Salmos 9 e 10 sejam salmos reais. Os salmos reais têm geralmente um ponto de vista mais positivo. Defendem a posição de que Deus é Rei e que o mundo é estável e não pode ser abalado. Por outro lado, os Salmos 9 e 10 questionam como pode existir tanta aflição no mundo se Deus é Rei. Entretanto, como Deus de fato é Rei, este salmo se encerra com uma prece fervorosa para que Sua vontade se faça na terra como no céu (Ap. 19.1-6).