Reflexões Teológicas

PENSAMENTO I

“Bondosos corações daqueles que estendem a mão sem esperar nada em troca. Depende de nós semear a vontade de ajudar quem precisa, incerta é a nossa vez para precisar da ajuda dos outros” (Lupita Fernandez)

 

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DESCONSTRUINDO O EU DO INDIVIDUALISMO

O individualismo nos leva a solidão e ao desespero de uma vida vazia e sem a expressão da generosidade e da bondade. Expressão essa que reflete o eterno (Deus). Em outras palavras, o individualismo é assentar o interesse pessoal acima da necessidade de um grupo (coletividade). É bom relembrar que as necessidade de um grupo (coletividade), sempre deve estar acima da necessidade individual, ou seja, a coletividade é predominante na sobrevivência e nas relações que a espécie mantém.

A maior prova do amor de Deus por quem se preocupa com a coletividade está expressa no livro do profeta Isaias, que afirma: Porque foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do necessitado na sua angústia; refúgio contra a tempestade e sombra contra o calor […]Um ao outro ajudou e ao seu próximo disse: Sê forte” (Isaías 25,4; 41,6).

O individualismo nos conduz ao egoísmo, a avareza e a altivez. E estes três aspectos torna o ser insensato, injusto e insensível a dor do seu semelhante. Em estudos aprimorados, é possível perceber a presença do individualismo na própria criação, porem de forma benéfica e que se doa em favor de outro. Todavia, o individualismo do eu vem se desenvolvendo dentro dos tempos de forma silenciosa e perigosa para humanidade.

O eu, do individualismo, não é algo novo, nem privilégio surgido na modernidade, mas é algo que foi implantado e arraigado no coração humano pelo sistema dominante e classificativo dos seres em grupo ou etnias, de forma que em todos os modelos sociais, grupos, sistemas e até mesmo na religiosidade ele (o individualismo) está prevalecendo e muitos estudos explicam que o individualismo é um modelo de sobrevivência, entretanto sabemos que o individualismo é uma síndrome do medo e da rejeição. Quando não, é um modelo de justificação das ações danosas causas pelo eu. E justificadas usando as palavras de Nicolau Maquiavel, no século XVI, quando disse que “os fins justificam os meios”.

Quando o eu, do individualismo predomina, a ética do coletivo é prejudica, pois os interesses são centrados em um ser, deixando de lado o interesse da coletividade e assim, gerando subcidadãos ou proscritos sociais, que são lançados nas novas senzalas que são as favelas.

Está lógica perversa e doentia, é a prevalecia do conceito social da divisão das classes sociais e geradora da violência, da agressão e da formação de subumanos. Pois o único meio de equiparação social não é dando valores em dinheiro e sim respeito através da educação de qualidade que torna o ser capaz de distinguir a sua passagem pela vida como dom dado pelo Rei Eternal, (DEUS).

A lógica do sistema é promover a desumanização. E para isso é usada a política e seu sistema arbitrário e desumano, que conduz a individualização como processo de evolução. A política, assim como a economia e até mesmo o meio religioso estão mergulhados no materialismo e no egoísmo do eu. Já o reino de Deus propõe a humanização da vida através da justiça, do amor, da fraternidade, da partilha e da solidariedade. Semelhante a proposta de Cristo, que diz: caminha outra milha com aqueles que sofrem a insensibilidade por consequência de atos individualistas.

Com certeza neste momento a pergunta em nossa mente é: como vencer o individualismo que predomina em todas as partes? A resposta não é fácil, entretanto, é possível usar de cautela em todas as nossas ações e temos como primícias analisamos cada ação no decorrer do dia a dia.

Por isso é necessário desconstruímos o eu do individualismo e passarmos a pensar na coletividade como forma de vencer as dores da vida e ao mesmo tempo, compreendemos o dom chamado vida. E dentro destes simples conceitos, citamos alguns passos que são:

Fortalecendo o fraco de espirito e ensinado a vencer suas próprias dores e desilusões;

Socorrendo a viúva em suas necessidades, sem ter a pretensão de ser o melhor do mundo;

Construir um mundo mais ético e decente para as futuras gerações, inclusive seus descendentes;

Transpondo os preconceitos e as discriminações, ao tempo de retirar a angústia do semelhante que sofre a dor da rejeição e do descaso;

Ser capaz de desangustiar os fragilizados pela crise existencial, fruto do abandono social;

Reconhecermos nossas fragilidades e valorizamos nossas qualidades.

Portanto meus amigos, está posto o grande desafio para quem pensa e para os sábios de coração, e ao qual não podemos ignora-los, nem fecharmos os olhos, só nos resta a luta e a vitória que nos está proposta pelo criador universal, Deus. Que Diz: Sê forte e corajoso.

 

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RÁPIDAS DA SEMANA

1- Igreja usa bares para fundar congregações e realizar cultos regados a cerveja: “Criminalidade caiu”; veja vídeo

2- A Igreja de Lutero na América Latina, 500 anos após a Reforma

3- Presbiterianos em São Paulo propõem o fim do uso de títulos religiosos por candidatos

4- Sem querer, CNN argumenta contra a ideologia de gênero que ela própria defende

5- A arrepiante oração escrita pela mulher que está no corredor da morte por ser cristã

6- MMA do Senhor: quando a igreja usa lutas como instrumento de evangelização

7- Museu defende que ciência deve muito à Bíblia

 

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INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

 

1

 

Ela vive há 3.000 dias no inferno à espera do enforcamento – mas ainda tem forças e fé para rezar ao Cristo Ressuscitado.

A católica paquistanesa Asia Bibi foi jogada na prisão em 14 de junho de 2009, sob a acusação, mundialmente questionada, de “ter blasfemado contra o islã”.

Casada e mãe de 5 filhos, ela foi condenada, um ano depois, a nada menos que o enforcamento! Desde 2013, após duas transferências de presídio, Asia Bibi fenece em uma das três celas sem janelas do corredor da morte de Multan, no Punjab.
Em 2017, passados mais de 3.000 dias e noites de angústia, solidão e terror inimagináveis, ela ainda aguarda o veredito final.

Do inferno em que é mantida presa à sombra do horror de não saber o dia nem a hora em que a sua vida pode ser extirpada de modo aberrantemente cruel e injusto, ela escreveu esta prece a Jesus Cristo:

“Senhor Ressuscitado, permite que a tua filha Asia ressuscite contigo.
Rompe as minhas correntes, liberta o meu coração para além destas barras e acompanha a minha alma, para estar perto das pessoas que eu amo e sempre perto de ti.

Não me abandones no dia do tormento, não me prives da tua presença.

Tu, que sofreste a tortura e a cruz, alivia o meu sofrimento. Sustenta-me perto de ti, Senhor Jesus.

No dia da tua ressurreição, Jesus, eu quero orar pelos meus inimigos, por aqueles que me feriram. Oro por eles e te peço que os perdoes pelo mal que me fizeram.
Peço-te, Senhor, que retires todas as barreiras, para que eu alcance a bênção da liberdade.

Peço-te proteção para mim e para a minha família”.
Oremos nós também por ela e demos-lhe apoio. Assim oraremos e apoiaremos todos os cristãos perseguidos mundo afora, em meio aos seus sacrifícios inimagináveis para simplesmente serem fiéis Àquele em quem acreditam do fundo do coração. (fonte: Publicado originalmente em Aleteia)

 

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PENSAMENTO II

“Quando nos doamos a alguém, é um ato de fé, verdadeira prova de amor. O perigo está apenas em escolher errado ou doar seu coração a quem não sabe ama-lo”. (Ricardo Alfredo)

 

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 DEBANDADA DE PASTORES CGADB

 

2

 

Pastor Samuel Câmara

O Pastor Samuel Câmara, presidente Assembleia de Deus em Belém do Pará e mais de 25 mil pastores estariam se preparando para deixar a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) para se filiarem a uma nova convenção nacional que está sendo criada.

Uma fonte não identificada, confirmou a saída do pastor que está há 33 anos na CGADB e declarou que pastores de todo o Brasil já estão se reunindo para formar esta nova convenção. “É um caminho inevitável”, declarou a fonte citando os problemas gerados na CGADB por conta das últimas eleições para presidente.

O entendimento a esse respeito, já acontece há dois meses e várias reuniões aconteceram em diferentes estados brasileiros e em uma delas, em Belém do Pará, já teriam criado o Estatuto da nova Convenção Assembleiana – cujo nome não foi divulgado.

Entre as principais mudanças estará a ordenação de pastoras, algo não permitido atualmente na CGADB. A nova convenção também terá uma editora para produzir e distribuir o material da Escola Bíblica Dominical, livros, além de ter um curso básico de teologia com certificado do MEC.

André Câmara, filho do pastor Samuel Câmara, afirmou que o entendimento para a criação da nova convenção partiu de diversas lideranças evangélicas do país.

“Isso é um movimento de todos os pastores do Brasil, é um movimento do Brasil, não é do pastor Samuel Câmara. O pastor Samuel Câmara não tem ingerência nisso, é uma coisa muita espontânea”. (Fonte: JM Notícia).

 

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AS 95 TESES DO DR. MARTIN LUTHER, 1517

 

3

 

1 Ao dizer: “Fazei penitência”, etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.

2 Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).

3 No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula, se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.

4 Por consequência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.

5 O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.

6 O papa não pode remitir culpa alguma senão declarando e confirmando que ela foi perdoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si; se estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteiro.

7 Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.

8 Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.

9 Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.

10 Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.

11 Essa erva daninha de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.

12 Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.

13 Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.

14 Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais, quanto menor for o amor.

15 Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.

16 Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.

17 Parece desnecessário, para as almas no purgatório, que o horror diminua na medida em que cresce o amor.

18 Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontram fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.

19 Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza.

20 Portanto, sob remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.

21 Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.

22 Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.

23 Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.

24 Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.

25 O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.

26 O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.

27 Pregam doutrina humana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].

28 Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, podem aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.

29 E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas? Dizem que este não foi o caso com S. Severino e S. Pascoal.

30 Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.

31 Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.

32 Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.

33 Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Deus.

34 Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.

35 Não pregam cristãmente os que ensinam não ser necessária a contrição àqueles que querem resgatar ou adquirir breves confessionais.

36 Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão pela de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência.

37 Qualquer cristão verdadeiro, seja vivo, seja morto, tem participação em todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem carta de indulgência.

38 Mesmo assim, a remissão e participação do papa de forma alguma devem ser desprezadas, porque (como disse) constituem declaração do perdão divino.

39 Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar perante o povo ao mesmo tempo, a liberdade das indulgências e a verdadeira contrição.

40 A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, pelo menos dando ocasião para tanto.

41 Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.

42 Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.

43 Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.

44 Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.

45 Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.

46 Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.

47 Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.

48 Deve-se ensinar aos cristãos que, ao conceder indulgências, o papa, assim como mais necessita, da mesma forma mais deseja uma oração devota a seu favor do que o dinheiro que se está pronto a pagar.

49 Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.

50 Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

51 Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extraem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.

52 Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.

53 São inimigos de Cristo e do papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.

54 Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.

55 A atitude do papa é necessariamente esta: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.

56 Os tesouros da Igreja, dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.

57 É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.

58 Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.

59 S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.

60 É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que lhe foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem este tesouro.

61 Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos, o poder do papa por si só é suficiente.

62 O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.

63 Este tesouro, entretanto, é o mais odiado, e com razão, porque faz com que os primeiros sejam os últimos.

64 Em contrapartida, o tesouro das indulgências é o mais benquisto, e com razão, pois faz dos últimos os primeiros.

65 Por esta razão, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.

66 Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.

67 As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tal, na medida em que dão boa renda.

68 Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade na cruz.

69 Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.

70 Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbido pelo papa.

71 Seja excomungado e maldito quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.

72 Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.

73 Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,

74 muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram defraudar a santa caridade e verdade.

75 A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes ao ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.

76 Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados veniais no que se refere à sua culpa.

77 A afirmação de que nem mesmo S. Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o papa.

78 Afirmamos, ao contrário, que também este, assim como qualquer papa, tem graças maiores, quais sejam, o Evangelho, os poderes, os dons de curar, etc., como está escrito em 1 Co 12.

79 É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insignemente erguida, equivale à cruz de Cristo.

80 Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes conversas sejam difundidas entre o povo.

81 Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil, nem para os homens doutos, defender a dignidade do papa contra calúnias ou perguntas, sem dúvida argutas, dos leigos.

82 Por exemplo: por que o papa não evacua o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que seria a mais justa de todas as causas -, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica – que é uma causa tão insignificante?

83 Do mesmo modo: por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?

84 Do mesmo modo: que nova piedade de Deus e do papa é essa: por causa do dinheiro, permitem ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, porém não a redimem por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta, por amor gratuito?

85 Do mesmo modo: por que os cânones penitenciais – de fato e por desuso já há muito revogados e mortos – ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?

86 Do mesmo modo: por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos mais ricos Crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?

87 Do mesmo modo: o que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à remissão e participação plenária?

88 Do mesmo modo: que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações 100 vezes ao dia a qualquer dos fiéis?

89 Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?

90 Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.

91 Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.

92 Fora, pois, com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo: “Paz, paz!” sem que haja paz!

94 Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno;93 Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: “Cruz! Cruz!” sem que haja cruz!

95 e, assim, a que confiem que entrarão no céu antes através de muitas tribulações do que pela segurança da paz.

 

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PROGRAMAÇÃO ALUSIVA AO 3° ANIVERSÁRIO DA ACJUS

 

 

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INSTITUTO CULTURAL DO OESTE POTIGUAR – ICOP

 

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POESIA

Oh! Bendito o que semeia
Livros à mão cheia
E manda o povo pensar!

O livro, caindo n’alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar!

(Castro Alves ALVES, C., Espumas Flutuantes, 1870).

 

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PASTOR MARCOS

 

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Pastor Marcos em momento de Evangelização com toda a sua igreja nas comunidades de Mossoró.

 

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CONVITE MATER CHRISTI

 

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Belo convite da professora e imortal Maria auxiliadora que é diretora geral da instituição. Obrigado.

 

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QUARTETO INCANTO

Nas solenidades da ACJUS, o quinteto vem dando show com lindas vozes e canções extraordinárias para quem gostada boa música.  Parabéns confrades e confreiras.

 

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GRANDE ESCRITOR

Estou ao lado do grande escrito Dr. Wilson Bezerra de Moura, bom amigo, bom pai, sempre atento as necessidade dos outros. Além de ser um cidadão que honra a cidade de Mossoró e deixa os amigos orgulhos de lhe conhecer.

 

 

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CONVITE – ACJUS

A cada dia o presidente o Dr. Wellington Barreto vem dando um show de administração na ACJUS, e o convida é nada mais, nada menos, que o grande escritor João Almino da Academia Brasileira de Letras. (ABL).

 

12

 

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REFLEXÃO

Salmo 10

1 Por que estás ao longe, SENHOR? Por que te escondes nos tempos de angústia?

2 Os ímpios na sua arrogância perseguem furiosamente o pobre; sejam apanhados nas ciladas que maquinaram.

3 Porque o ímpio gloria-se do desejo da sua alma; bendiz ao avarento, e renuncia ao Senhor.

4 Pela altivez do seu rosto o ímpio não busca a Deus; todas as suas cogitações são que não há Deus.

5 Os seus caminhos atormentam sempre; os teus juízos estão longe da vista dele, em grande altura, e despreza aos seus inimigos.

6 Diz em seu coração: Não serei abalado, porque nunca me verei na adversidade.

7 A sua boca está cheia de imprecações, de enganos e de astúcia; debaixo da sua língua há malícia e maldade.

8 Põe-se de emboscada nas aldeias; nos lugares ocultos mata o inocente; os seus olhos estão ocultamente fixos sobre o pobre.

9 Arma ciladas no esconderijo, como o leão no seu covil; arma ciladas para roubar o pobre; rouba-o, prendendo-o na sua rede.

10 Encolhe-se, abaixa-se, para que os pobres caiam em suas fortes garras.

11 Diz em seu coração: Deus esqueceu-se, cobriu o seu rosto, e nunca isto verá.

12 Levanta-te, Senhor. Ó Deus, levanta a tua mão; não te esqueças dos humildes.

13 Por que blasfema o ímpio de Deus? dizendo no seu coração: Tu não o esquadrinharás?

14 Tu o viste, porque atentas para o trabalho e enfado, para o retribuir com tuas mãos; a ti o pobre se encomenda; tu és o auxílio do órfão.

15 Quebra o braço do ímpio e malvado; busca a sua impiedade, até que nenhuma encontres.

16 O Senhor é Rei eterno; da sua terra perecerão os gentios.

17 Senhor, tu ouviste os desejos dos mansos; confortarás os seus corações; os teus ouvidos estarão abertos para eles;

18 Para fazer justiça ao órfão e ao oprimido, a fim de que o homem da terra não prossiga mais em usar da violência.