Redução de plantões diminui presença de agentes de trânsito nas ruas

Motivo de reclamação pela empresa que realiza o transporte público em Mossoró, o transporte de passageiros pelos táxis irregulares diminui a demanda dos ônibus em circulação na cidade.

Nos últimos meses, agentes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) vinham fiscalizando três rotas do transporte público municipal para coibir a prática, mas, assim como o trabalho em relação aos táxis intermunicipais, a atuação dos agentes nestes pontos foi reduzida.

“A fiscalização do transporte irregular de passageiros está comprometida por causa da redução dos plantões. Fiscalizar o trânsito não é 10% da nossa competência, fazemos muito mais, como palestras em empresas escolas, atendimento de acidentes de trânsito, ocorrência de garagem, cobrimos diversos eventos na Cidade, entre outros”, disse o gerente executivo de trânsito da Semob, Marcondes Silva.

De acordo com o gerente, o trabalho de fiscalização do transporte irregular de passageiros na rota dos ônibus passou por redução após a deflagração da operação Desmob, do Ministério Público (MPRN).

Desde o final do ano passado, a operação Desmob investiga possíveis irregularidades na Semob, como o pagamento por plantões não prestados e exclusão irregular de multas, tendo causado o afastamento do ex-secretário da pasta, Charlejandro Rustayne.

No ano passado, 146 motoristas foram autuados pelos agentes da Semob por realizarem transporte irregular de passageiros no município. Foram emitidas multas a 93 taxistas clandestinos mossoroenses e a mais 153 táxis intermunicipais neste tipo de ocorrência durante o ano 2015. Além de multa, motoristas flagrados realizando podem ainda ter o veículo apreendido.

“Ao longo do ano passado, 153 taxistas intermunicipais foram autuados por desobedecerem a ordens dos agentes e autoridade de trânsito com relação à portaria 052 /2015, que estabelece os locais de embarque e desembarque dos passageiros de outros municípios. Muitos destes taxistas realizavam ainda linha dentro de Mossoró, o que não é permitido”, disse.