Praça Antônio Gomes – Wilson Bezerra de Moura

Só podemos conhecer o passado se formos buscá-lo, através de fontes escritas, folheando as páginas amareladas pelo tempo que o fazemos em vários momentos. Agora mesmo, revendo notícia veiculada na edição de O Mossoroense de fevereiro de 1982, comentava-se que no ano de 1926, isto em março, era cogitada a construção de uma praça no largo existente entre os extremos das Ruas Ulrick Graff e Sete de Setembro, limite com a Cadeia Pública. Hoje são ruas denominadas de Dix-sept Rosado, Trinta de Setembro e o prédio da cadeia, o hoje Museu Municipal Lauro da Escóssia.

Nossa atenção se volta ao antigo tempo de 1926, quando os Intendentes Manuel Quintela Júnior, Paulo Leitão Loureiro de Albuquerque, Rafael Rodrigues Belém e Teodomiro Nonato Cavalcante, num largo existente na condição de terreno baldio, fosse construída uma praça que viesse melhorar as condições de moradia dos habitantes ali residentes. Assim dizia o documento firmado pelos suplicantes, confirmando ainda que muito traria melhoramento para a cidade como um todo.

Na solicitação formalizada à Intendência pelos pleiteantes, o nome indicado para essa praça foi do advogado e professor Antônio Gomes, paraibano que veio trazido pelo farmacêutico Jerônimo Rosado, seu conterrâneo, e que relevantes serviços prestou a Mossoró.

Como advogado, Antônio Gomes chegou a defender causas ligadas ao município e em sua defesa. Como professor, deixou forte legado na educação, alfabetizando muitos mossoroenses, alguns dos quais se firmaram na vida política, econômica e social, feitos por suas mãos, chegando a fundar um colégio que veio receber seu nome, cujo colégio até hoje localizado no bairro Paredões.

Homem atuante na vida jurídica e educacional, o professor Antônio Gomes Barreto foi importante para Mossoró, justificando plenamente a honraria que lhe foi prestada.